SAÚDE
SUS completa 35 anos com novos programas para reduzir filas de atendimento na Bahia
Programa Agora Tem Especialistas e cuidados integrados já mostram resultados na Bahia com mais cirurgias e diagnósticos rápidos

Por Madson Souza

Hoje, o Sistema Único de Saúde (SUS) completa 35 anos de existência e segue enfrentando o já conhecido desafio de reduzir a fila de atendimentos especializados em todo o país e, em especial, na Bahia.
Para enfrentar o problema, duas novas frentes de ação foram criadas: o programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde (MS) — que envolve mutirões de atendimento e acesso gratuito à rede privada e filantrópica — e a estratégia de cuidados integrados, que acelera o acesso a consultas e exames.
Implantado em maio deste ano, o programa já mostra resultados. O diretor nacional do Agora Tem Especialistas, Rodrigo Oliveira, destaca que a ampliação das cirurgias, dos atendimentos ambulatoriais e dos pacotes de cuidado integral tem acelerado diagnósticos e tratamentos.
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Na Bahia, a Oferta de Cuidados Integrados (OCI) vem apresentando bons resultados. No Hospital Ortopédico do Estado da Bahia (HOE), 74% dos pacientes já cumpriram o percurso completo de atendimento — da consulta inicial até a cirurgia. Destes, 77% já foram operados.
Segundo Adriana Martins, gerente assistencial do HOE, a OCI reduziu a burocracia, agilizou diagnósticos e melhorou a experiência do paciente. O hospital realiza, em média, 1.300 cirurgias por mês, sendo considerado o que mais opera no país.
Esse desempenho se soma aos mais de R$ 30 bilhões investidos em saúde na Bahia desde 2023, de acordo com a secretária estadual da Saúde, Roberta Santana. No período, foram inaugurados 11 hospitais, incluindo o Hospital Mont Serrat — o primeiro público do Brasil dedicado a cuidados paliativos —, além da incorporação de 3.300 novos leitos e a entrega de 1.075 veículos, entre eles 802 ambulâncias.
“O SUS é o maior compromisso com a população: garantir acesso à saúde a todos. Que siga crescendo cada vez mais para atender a todos os brasileiros”, afirmou Roberta.
Mais transparência

Outra novidade em desenvolvimento é um painel nacional de monitoramento que permitirá a qualquer cidadão saber o tempo médio de espera por atendimentos especializados, por especialidade ou procedimento, em cada município.
A expectativa é que, nos próximos meses, a ferramenta esteja disponível para facilitar a vida de pacientes como Leni Alves, aposentada que viajou de Senhor do Bonfim a Salvador para acompanhar a tia em uma cirurgia de catarata no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES).
“Não tenho plano de saúde, meu plano é o SUS”, disse Leni, satisfeita com o atendimento.
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