IMBRÓGLIO
TJ fará audiência entre Arquidiocese de Salvador e Irmandade do Bonfim
Objetivo é tentar conciliação, tendo em vista processo que tramita entre as partes.
Por Da Redação
Será realizada na manhã de 15 de abril, na sede do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), uma audiência de tentativa de conciliação, tendo em vista o processo que tramita entre a Arquidiocese de Salvador e a Devoção do Senhor Bom Jesus do Bonfim.
A audiência, que será aberta à imprensa, acontecerá a partir das 9h,na sala 309 do Anexo II do TJ-BA (Ed. Advogado Pedro Milton de Brito), localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O ato, de cunho eminentemente conciliatório, será conduzido pelo Relator do processo, Desembargador Jorge Barretto.
Segundo o TJ-BA, com a realização da audiência, almeja-se reforçar o Programa de Conciliação no 2º Grau de Jurisdição, em conformidade com o que preceitua o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no intuito de fortalecer a Política Judiciária de métodos autocompositivos.
Relembre caso
Em maio de 2023, um novo juiz da Irmandade determinou uma série de exigências ao padre Edson Menezes, há 16 anos à frente da Basílica do Senhor do Bonfim. No documento, assinado pelo juiz Jorge Nunes Contreiras, estava a determinação para que o padre fosse registrado como empregado da Irmandade, devendo entregar a carteira de trabalho para as devidas anotações. O valor relacionado com o seu trabalho foi calculado em quatro salários mínimos, R$ 5.280.
O padre Edson Menezes ainda ficaria proibido de tomar posse de valores relacionados às coletas diárias feitas pela igreja, em especial da sexta-feira, que também consideraria os cofres laterais da Basílica usados para a coleta de dinheiro dos fiéis. O pároco ainda teria que colocar um fim no comércio de itens, como a água benta, nas dependências do lugar religioso.
Em agosto de 2023, o padre Edson Menezes, que cuidava de projetos na gestão da Irmandade Devoção do Senhor do Bonfim, em Salvador, deixou a função após decisão de intervenção da Arquidiocese de São Salvador da Bahia. Na ocasião, foi determinado ainda o afastamento do juiz da Irmandade, Jorge Nunes Contreiras.
Com isso, o padre Edson Menezes deixou o cargo de capelão da Devoção, mas seguiu como reitor da Basílica, podendo celebrar missas.
No início de novembro daquele mesmo ano, a intervenção na Irmandade do Senhor do Bonfim foi suspensa após decisão liminar concedida pela Justiça. Uma semana depois, o TJ-BA derrubou a liminar.
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