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“Vestígios falam”: DPT destaca papel na investigação de crimes sexuais

Diretor-geral do Departamento de Polícia Técnica (DPT) reforçou necessidade de coleta de material com brevidade

Por Bernardo Rego

09/07/2025 - 10:38 h
Laboratório de genética forense do Departamento de Polícia Técnica em Salvador
Laboratório de genética forense do Departamento de Polícia Técnica em Salvador -

Os crimes que acontecem na Bahia são das mais tipificações possíveis e cada um com a suas nuances e particularidades. O combate e enfrentamento por parte das forças de segurança pública reforçam um debate de quais estratégias podem ser usadas para que as estatísticas diminuam e a sensação de segurança seja mais sentida pelo cidadão.

O Portal A TARDE tratou desse tema em matéria veiculada em junho deste ano, quando abordou a atuação da Guarda Civil Municipal em Salvador como ferramenta para auxiliar os demais atores no enfrentamento da criminalidade.

À época, o advogado criminalista Vinicius Dantas pontuou que a GCM pode auxiliar as demais forças de segurança e vai ser "uma luz" para que a segurança do município de Salvador aumente. O advogado comentou ainda que a Guarda pode fazer um patrulhamento ostensivo e atuar no combate à criminalidade, prendendo os indivíduos que sejam flagrados cometendo crimes.

Ainda dentro desse contexto, o portal A TARDE foi até o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para compreender de que forma os vestígios deixados em uma cena de crime podem ajudar na produção de laudos periciais e auxiliar a Polícia Judiciária, juntamente com a Justiça, a fim de poder julgar e proferir uma sentença.

Crimes ocorridos há 10 anos podem ter solução

O caso que chamou a atenção foi estupro ocorrido em 2014 na cidade de Senhor do Bonfim por um homem, condenado por homicídio, elucidado a partir de vestígios coletados na roupa íntima da vítima. O suspeito do crime teve o seu material coletado dentro do presídio de Juazeiro, no norte da Bahia.

Além de esclarecer o caso antigo, o laudo também aponta a ligação do custodiado com outro crime ocorrido no estado de Pernambuco. Tudo isso foi possível graças ao Banco de Perfis Genéticos de Crimes Sexuais criado em 2012.

Segundo dados do DPT, 6.100 perfis já foram incluídos no banco e 160 casos foram confirmados para apontar os autores da prática delituosa, incluindo casos que tenham relação entre a Bahia e outras unidades da federação. Ainda conforme apuração de A TARDE, um crime de homicídio foi elucidado após detectar material genético em uma bituca de cigarro, portanto qualquer vestígio pode ser relevante quando da apuração de um crime.

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Atuação do DPT

O perito criminal e coordenador de Genética Forense, Luis Rogério Machado, conversou com a equipe do A TARDE e contou como funciona o laboratório. Ele esclareceu a importância da ciência para elucidar crimes sexuais, além de fazer um apelo para que as vítimas possam procurar uma unidade do DPT o mais rápido possível para que sejam feitas as coletas devidas e, dessa forma, poder elucidar o crime de forma célere.

O perito lembrou que o laboratório de genética recebe as amostras de crimes que necessitem de DNA, faz as análises devidas e a partir disso emite-se um laudo.

Conseguimos determinar vestígios de material genético de um suspeito em um local de crime. O vestígio fala. Algum vai ser deixado, então sempre que possível a gente vai conseguir pegar
Luis Rogério Machado - perito

Ele acrescentou ainda que o laboratório onde trabalha faz a comparação de material genético de familiares para corpos que não foram identificados e, além disso, um trabalho integrado com os órgãos de segurança pública.

Coordenador de genética forense, Luis Rogério Machado
Coordenador de genética forense, Luis Rogério Machado | Foto: Bernardo Rego | Ag A TARDE

O diretor-geral do DPT, Osvaldo Silva, também conversou com o Portal A TARDE e contou sobre a atuação da Polícia Técnica como um órgão que auxilia o Poder Judiciário, além das polícias Civil e Militar. Ele detalhou que há unidades do DPT em 33 locais da Bahia, portanto é possível fazer perícia em todas as regiões do estado.

Silva reforçou que o DPT faz as análises e laudos com o intuito de esclarecer um crime à luz da ciência. “A perícia existe para demonstrar os fatos”, disse o diretor-geral. Sobre os crimes sexuais, ele destacou ser um desafio para a segurança pública, por isso é preciso um cuidado especial para a elucidação. Além disso, contou que há uma parceria entre o DPT e os hospitais para que as vítimas sejam preservadas e as provas possam ser colhidas.

Osvaldo comentou ainda ser muito importante que as pessoas não interfiram em um local de crime para não prejudicar o trabalho da perícia. Segundo ele, uma prova material bem analisada tem grande valor para a produção de uma sentença por parte do Judiciário.

Diretor-geral do DPT , Osvaldo Silva
Diretor-geral do DPT , Osvaldo Silva | Foto: Bernardo Rego | Ag A TARDE

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DPT Genética Polícia Técnica da Bahia

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