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DESIGUALDADE NO BRASIL

As 10 piores cidades para se viver no Brasil; a número 1 vai te surpreender

Estudo mostra que em algumas regiões sobreviver tornou-se um ato diário de resistência

Andrêzza Moura

Por Andrêzza Moura

03/12/2025 - 20:36 h
Indicadores de saúde, educação e segurança expõem uma realidade dura
Indicadores de saúde, educação e segurança expõem uma realidade dura -

O Brasil não é apenas um país de contrastes, é, sobretudo, um território onde as desigualdades se transformam em verdadeiros abismos. Um levantamento recente do Índice de Progresso Social (IPS), criado pelo professor Michael Porter, da Universidade de Harvard, trouxe à tona uma realidade que muitas vezes escapa ao olhar de quem vive nas grandes capitais.

Longe dos centros urbanos mais desenvolvidos, há municípios em que sobreviver se tornou um desafio cotidiano, marcado pela precariedade, pelo isolamento e pela ausência quase total do poder público.

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O estudo avaliou indicadores sociais e ambientais essenciais, entre eles saúde, educação, saneamento, segurança e sustentabilidade, e revelou um retrato contundente da vida em áreas da Amazônia Legal e de cidades situadas em regiões de fronteira.

A seguir, conheça as 10 piores cidades para se viver no Brasil, segundo o IPS, e entenda por que esses territórios convivem com desafios tão profundos.

Ranking

1º Uiramutã, em Roraima - Localizada no extremo norte do país, colada à fronteira com a Venezuela, Uiramutã é um território onde o isolamento geográfico dita o ritmo da vida. Falta infraestrutura, faltam serviços públicos básicos e sobra dependência da economia de subsistência.

2º Alto Alegre, Roraima - os moradores têm acesso limitado à saúde, déficit de saneamento e pressão sobre terras indígenas. A cidade também sofre com desmatamento e pouco dinamismo econômico. A população vive entre a vulnerabilidade ambiental e a fragilidade social.

3º Trairão, Pará - o munucípio paraense é alvo constante de crimes ambientais, especialmente a exploração ilegal de madeira. Com infraestrutura mínima, energia instável e criminalidade crescente em suas zonas rurais, Trairão revela como o abandono abre espaço para a ilegalidade.

4º Bannach, Pará - é uma das cidades menos populosas do Brasil e sofre pela pouca visibilidade e, consequentemente, pela falta de investimentos. Saúde e educação são quase inexistentes, e a economia gira em torno de uma agropecuária rudimentar, incapaz de promover progresso.

5º Jacareacanga, Pará - distante dos grandes centros e próxima dos garimpos ilegais, Jacareacanga convive com degradação ambiental e violência. A exploração de ouro, feita sem controle, destrói florestas, polui rios e deixa a população com infraestrutura insuficiente até para necessidades básicas.

6º Cumaru do Norte, Pará - tem regularização fundiária problemática, disputas por terra e economia engessada pela pecuária fazem de Cumaru do Norte um retrato dos desafios agrários da Amazônia. A prestação de serviços públicos é limitada e pouco eficiente.

7º Pacajá, Pará - o município enfrenta índices preocupantes de violência tanto urbana quanto rural. Soma-se a isso a falta de saneamento, transporte precário e escolas insuficientes. Crimes ambientais como a exploração ilegal de madeira também fazem parte do cenário.

8º Uruará, Pará - com altas taxas de desmatamento e conflitos fundiários recorrentes, Uruará luta contra a falta de serviços essenciais. A economia agrícola existe, mas não avança, e isso reflete diretamente na qualidade de vida da população.

9º Portel, Pará - o desafio logístico de Portel começa pelo acesso distante, remota e dependente de vias fluviais. Educação e saúde são insuficientes, e as oportunidades econômicas escassas tornam a cidade altamente vulnerável.

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10º Bonfim, Roraima - na fronteira com a Guiana, Bonfim enfrenta obstáculos econômicos que travam seu crescimento. A infraestrutura urbana é frágil e, sem setor produtivo forte, o município depende fortemente de recursos federais para se manter.

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Tags:

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