BRASIL
Brasil é o 4º país em ranking de mais acidentes de trabalho
Motivo deste posto é por contra de uma desvalorização da cultura do trabalho
Por Redação

O Brasil apresenta um dado preocupante nos últimos anos, sendo o quarto país com mais acidentes de trabalho no mundo segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Tal fato é alarmante pois a situação segue crítica mesmo com avanço nas leis e um maior acesso a comunicação.
Essa realidade preocupa por conta de não serem falhas pontuais, mas sim um problema estrutural, indo muito além da fiscalização, resultando em uma ausência de uma cultura que valorize o trabalho.
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"Esse desvalor do trabalho humano, que é uma característica da civilização brasileira, desemboca no desrespeito e descumprimento das normas de segurança e saúde no trabalho”, alerta o Subprocurador Geral do Trabalho, Manoel Jorge e Silva Neto.
Ainda segundo o Subprocurador, vários acidentes poderiam ser evitados caso as regras que já existem fossem cumpridas. "Nunca, em toda minha atuação, uma denúncia sobre descumprimento de normas de segurança deixou de se confirmar. Isso é gravíssimo e revela uma cultura de descaso com a saúde dos trabalhadores brasileiros", afirma Manoel.
Impasses para uma Conscientização e Fiscalização
Mesmo existindo comissões para prevenir acidentes e sindicatos atuando sobre o assunto, tal realidade só mudaria caso outras medidas em conjunto fossem idealizadas.
De acordo com Manoel Jorge, o Ministério Público do Trabalho (MPT) vem investindo em seminários, audiências públicas e publicações que ampliem o debate e o conhecimento do tema. Além disso, o órgão atua de forma sistemática por meio da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat), sendo responsável por criar estratégias que combatam essas irregularidades.
Ainda segundo Manoel Jorge, é fundamental e urgente que os trabalhadores, empregadores, sindicatos e o próprio Estado se unam para alcançar o objetivo comum de colocar a saúde do trabalhador em primeiro lugar: “A mudança precisa ser cultural. Respeitar a saúde do trabalhador é essencial para uma sociedade justa, segura e mais humana”, conclui.
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