POR BOLSONARO?
Caminhoneiros articulam nova paralisação no Brasil
Manifestação é convocada pelas redes sociais para acontecer na próxima quinta-feira, 4

Caminhoneiros de vários locais do Brasil organizam uma nova paralisação nacional para a próxima quinta-feira, 4. A manifestação visa melhorias e denúncia de condições precárias enfrentadas pela classe. De acordo com representantes da categoria, o ato não se trata de uma manifestação política ligada a qualquer ideologia partidária, mas nde uma luta por melhorias na categoria.
Vale lembrar que na última semana, representantes dos caminhoneiros tentaram articular uma greve em protesto pela prisão do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), mas o movimento não ganhou força.
Movimentação busca melhorias
De acordo com o caminhoneiro, influenciador com quase 100 mil seguidores no TikTok e um dos líderes da greve em 2018, Daniel Souza, a categoria precisa de melhorias e ainda denuncia condições precárias enfrentadas pelos colegas de profissão.
“O Brasil ficou parado por 3 anos por conta dessa situação e, como já acabou a questão do Bolsonaro, vamos voltar à realidade do país. A realidade dos caminhoneiros está precária: baixa remuneração, leis que não conseguimos cumprir por falta de estrutura, falta de segurança nas rodovias… O respeito com a nossa classe acabou”, enumera o caminhoneiro Daniel Souza.
Entre os pontos pedidos estão:
- estabilidade contratual do caminhoneiro;
- garantia do cumprimento de leis;
- reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas;
- aposentadoria especial de 25 anos de trabalho comprovada com recolhimento ou documento fiscal emitido.
De acordo com o presidente da Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC), Janderson Maçaneiro, o movimento é forte. “Eu acredito muito no movimento forte, porque tem muita gente envolvida e há muitos descontentes.”
Vale ressaltar que o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens (Sindicam) afirmou que: “Quem faz a greve são os caminhoneiros, não é o sindicato quem faz greve, mas, se eles decidirem parar, serão apoiados”.
Leia Também:
Consenso entre os caminhoneiros
Mesmo com a movimentação encaminhada, existe uma falta de consenso entre alguns sindicatos e associações. Caminhoneiros autônomos que atuam na região da Baixada Santista são contra a paralisação por conta de entenderem que há uma manifestação política por trás.
Para o presidente da Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos do Porto de Santos (CCAPS), Marcelo Paz, não há rientação alguma para que os caminhoneiros do Porto de Santos parem. “Não chamaram assembleia, não houve votação. […] Para se ter uma movimentação dessas, precisa haver diálogo, assembleia e votação.”
Greve dos caminhoneiros de 2018
Vale lembrar que o Brasil já enfrentou uma greve geral dos caminhoneiros no ano de 2018, na época, os mesmos pararam por 10 dias, protestando contras os reajustes frequentes no preço dos combustíveis, principalmente no óleo diesel.
A greve afetou todo o Brasil, incluindo o setor de abastecimento de combustíveis e alimentos. A manifestação só chegou ao fim quando o então presidente Michel Temer (MDB), presidente da época, aceitar algumas exigências da classe.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes




