FILICÍDIO
Corpo de criança morta a facadas pelo pai major da PM é enterrado
Homem fez família refém e, além do filho, matou o cunhado, um sargento da PM
Por Redação

O corpo de Pierre Victor Pereira da Silva, de 10 anos, foi enterrado nesta terça-feira (10) no município de Palmeira dos Índios, no Agreste de Alagoas. O garotinho foi morto a tiros pelo próprio pai, o major aposentado da Polícia Militar de Alagoas, Pedro Silva, 58, no último sábado, 7, no bairro do Prado, em Maceió.
Pierre morava com a mãe, Valquíria Pereira do Senna Silva, e o irmão de três anos. Horas antes do crime, as crianças foram visitar o pai, que estava preso por violência doméstica, na Academia da Polícia Militar, em Maceió. O homem aproveitou a visita dos filhos para fugir.
Após a fuga, o PM invadiu a casa onde Pierre estava com a mãe, a tia, o tio e o irmão. Todos foram feitos refém e, em determinado momento, o homem matou a facadas o filho e o cunhado, o sargento da PM Altamir Moura Galvão de Lima, 61. O menino de três anos também foi ferido em uma das mão pelo pai, que foi morto pela polícia ao reagir a prisão.
Durante o enterro do filho, Valquíria Pereira permaneceu segurando o filho caçula no colo. "Era meu anjo. Era meu anjinho protetor", disse a mãe, muito abalada.
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Ministério Público acompanha investigação
A Polícia Militar ainda não tem informações como o major Pedro Silva conseguiu fugir da Academia de Polícia Militar. No entanto, nesta terça-feira, 10, o comandante que geria a instituição, o coronel Mario Antônio Oliveira Xavier Bastos, foi exonerado. A determinação foi publicada no Boletim Geral Ostensivo, na segunda-feira, 9.
Ainda na segunda-feira, a instituição de manifestou por meio de nota. "Em consonância com a deliberação do governador Paulo Dantas, para abertura imediata de investigação do fato ocorrido no sábado (7), na Rua Manaus, no bairro do Prado, em Maceió, a Corregedoria da PM-AL irá apurar as circunstâncias da fuga do major da reserva Pedro Silva, custodiado na Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Mello. A portaria de instauração do inquérito será publicada em Boletim Geral Ostensivo nesta segunda-feira (9), por determinação do comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim.
As investigações da Polícia Militar e da Polícia Civil sobre o caso serão acompanhadas pelo Ministério Público Estadual (MP-AL). A promotora de Justiça Karla Padilha afirmou que além de cobrar explicações sobre a fuga do major, também quer saber quem autorizou e forneceu o celular que ele usou para gravar vídeos de dentro da academia enquanto estava preso.
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