TRAGÉDIA
Dados de caixas-pretas de avião que caiu em SP são extraídos com êxito
Informações serão analisadas por investigadores do Cenipa, em Brasília
Por Da Redação
Os dados contidos nas caixas-pretas do avião que caiu e explodiu, na última sexta-feira, 9, em Vinhedo, no interior de Sâo Paulo, causando a morte de 62 pessoas, foram extraídos com “100% de sucesso”. A informação foi confirmada pelo chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro do ar Marcelo Moreno, em coletiva de imprensa neste domingo, 11.
Em um pronunciamento, ele explicou que a extração das informações foi feita “graças à capacidade de autonomia da sociedade brasileira, sem necessidade de recorrer à ajuda internacional”.
“Temos a informação de que conseguimos 100% de sucesso de obter as informações de dados e de voz que correspondem aos momentos que precederam a tragédia”, pontuou Moreno.
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De acordo com militar, os investigadores do caso irão à Brasília para definir uma linha de investigação.
Além disso, os dois motores da aeronave serão segregados e guardados em São Paulo, em uma sede da Força Aérea Brasileira (FAB) no Campo de Marte, na zona norte. O relatório preliminar sobre a causa do acidente deve ser divulgado em 30 dias.
Desastre aéreo em SP
Um avião modelo ATR-72, da Companhia Aérea VoePass, antiga Passaredo, caiu no início da tarde desta sexta-feira, 9, com 62 pessoas a bordo. O acidente aconteceu na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo. Não houve sobreviventes.
O avião caiu na área de uma condomínio residencial, no entanto não atingiu nenhuma residência.
Estavam na aeronave 4 tripulantes e 58 passageiros no momento do acidente.
O avião, de matrícula PS-VPB, fazia o voo 2Z2283 e decolou às 11h58 de Cascavel, segundo o aplicativo FlightRadar24. A chegada em Guarulhos estava prevista para 13h50.
O aplicativo mostra que, ao passar por Vinhedo, quando iniciava o procedimento de pouso, o avião teve uma queda brusca e caiu em parafuso.
Uma falha no sistema anti-congelamento do avião é uma das principais hipóteses para o acidente. Esse problema teria causado o acúmulo de gelo na aeronave, levando-a a girar em uma manobra conhecida como estol, antes de colidir com o solo.
O especialista em aviação Roberto Peterka afirmou, em entrevista ao Site Metrópoles, que se a aeronave estivesse com mais altitude, o gelo poderia ter derretido, permitindo que o avião retomasse as condições normais de voo.
“Ele veio numa perda de controle em voo. A hipótese provável é justamente a formação de gelo. O gelo acaba se formando nas asas e altera o perfil aerodinâmico, e aí a aeronave perde a sustentação e vem para o chão. Provavelmente, se ele tivesse mais altura, o gelo poderia descongelar, e ele adquirir as condições de voo normal.”
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