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ASSÉDIO

Diplomata brasileiro assedia assistente egípcia e vira chefe

Mulher foi surpreendida com beijo na boca após assentir beijo de despedida na bochecha, hábito não comum na cultura egípcia

Por Da Redação

23/10/2024 - 11:21 h
Diplomata seguiu viagem pós assédio onde assumiu o cargo de conselheiro da embaixada no Haiti
Diplomata seguiu viagem pós assédio onde assumiu o cargo de conselheiro da embaixada no Haiti -

O diplomata brasileiro, Rubem Mendes de Oliveira, 60 anos responde por assédio sexual contra uma assistente técnica egípcia de 23 anos na época que trabalhava há seis meses na embaixada.

O caso ocorreu dia 28 de fevereiro de 2022, quando ele estava de mudança para o Haiti para assumir o cargo de conselheiro da embaixada brasileira no país caribenho.

Em despedida, o diplomata pediu para dar um beijo e abraço na mulher, que assentiu mesmo por as interações físicas serem raras no Egito, mas sabendo que é um hábito comum no Brasil.

Porém a egípcia foi surpreendida com um beijo na boca. Em informações dadas pelo Jornal Metrópoles, a jovem relatou que ao se retirar o diplomata disse, “Desse jeito, eu nunca vou te esquecer”.

No dia seguinte, Rubem ainda enviou uma mensagem para funcionária que dizia esperar que ninguém da embaixada tivesse visto a cena. A jovem assustada o repreendeu e disse não ter aceitado a situação.

Em despedida o diplomata respondeu, “Sinto muito. Tchau!”, por WhatsApp.

Leia também:

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A jovem com medo de o pai tomar conhecimento do assédio que sofreu, demorou cerca de um mês para denunciar o crime. O Itamaraty, então, abriu um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

O diplomata seguiu viagem para Porto Príncipe para atuar como conselheiro da embaixada brasileira no Haiti, onde permaneceu até junho deste ano, quando foi designado para trabalhar na Embaixada de Berna, na Suíça.

Rubem confessou ter beijado a assistente e relativizou ao dizer que foi apenas um “selinho”. Inicialmente o Itamaraty entendeu que houve assédio sexual, mas que não foi uma “conduta escandalosa” passível de demissão do responsável.

A punição foi convertida em multa, e o Itamaraty negou ter realocado o diplomata em razão do caso de assédio.

Em nota o Itamaraty explicou, “O servidor foi responsabilizado e devidamente penalizado por suas condutas, e os objetivos da atividade disciplinar parecem ter sido alcançados”.

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Tags:

assédio brasil Diplomata Egito embaixada itamaraty

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