BRASIL
Família é acusada de tentar embarcar em voo com idosa morta
Mulher foi conduzida até a aeronave em uma cadeira de rodas

Por Victoria Isabel

Uma tentativa de embarque de uma idosa britânica de 89 anos, que já estava morta, causou um atraso de quase 12 horas em um voo da companhia easyJet. O episódio ocorreu na quinta-feira, 18, no aeroporto de Málaga, na Espanha, quando cinco familiares tentaram levá-la para Londres. As informações são da Euronews.
De acordo com relatos de passageiros, a mulher foi conduzida até a aeronave em uma cadeira de rodas, enquanto os parentes afirmavam que ela “não estava bem” e estaria apenas “dormindo”. Testemunhas disseram ainda que alguns familiares chegaram a se identificar como médicos para tranquilizar as pessoas a bordo.
A idosa chegou a ser acomodada na parte traseira do avião, que já se deslocava para a pista, quando a tripulação percebeu que ela não apresentava sinais vitais. Diante da situação, a aeronave retornou ao terminal. O voo, previsto para decolar às 11h15, só partiu às 22h47, registrando um atraso de cerca de 12 horas.
Uma das passageiras, Tracy-Ann Kitching, relatou nas redes sociais que a mulher demonstrava dificuldade para manter a cabeça erguida ao ser levada para o embarque. Segundo ela, um médico que estava no voo confirmou que a idosa já estava morta quando foi colocada no assento. Outra passageira, Petra Boddington, criticou a atuação da equipe de solo e afirmou que a mulher aparentava estar inconsciente e caída na cadeira de rodas.
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Em nota, a easyJet negou ter autorizado o embarque de uma pessoa já falecida. A companhia informou que a passageira possuía um certificado de aptidão para voar e estava viva no momento do embarque. Segundo a empresa, o avião retornou antes da decolagem porque uma cliente precisou de atendimento médico urgente, mas acabou morrendo após a chegada dos serviços de emergência.
A Guarda Civil de Málaga confirmou que agentes foram acionados e que a morte foi oficialmente declarada no local. Apesar da gravidade do caso, não houve prisões.
Alguns passageiros levantaram a hipótese de que a família teria tentado evitar os custos e a burocracia do repatriamento internacional de um corpo, procedimento que exige documentação específica, autorizações sanitárias e, em muitos casos, embalsamamento. Os custos desse tipo de transporte podem variar entre 3 mil e 6 mil euros apenas no transporte aéreo.
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