BRASIL
Formol no leite: saiba como funciona fiscalização 10 anos após o escândalo
Fraude do “leite compenado” expôs falhas na fiscalização e abalou a confiança dos consumidores

Por Iarla Queiroz

Após o episódio do "leite compenado", em 2014, a indústria de laticínios passou a ser alvo de atenção redobrada. Diversas irregularidades foram descobertas, colocando em risco a saúde da população e despertando maior cuidado dos consumidores com o que chega às prateleiras.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também intensificou seu trabalho, reforçando sua função de proteger e garantir que os alimentos sigam as normas de segurança.
Produtos contaminados com formol
Na operação, a LBR Lácteos foi identificada como responsável por lotes adulterados. Exames comprovaram a presença de formol no leite — uma prática ilegal e perigosa para a saúde pública.
Além disso, a investigação constatou adulterações como diluição com água e uso de substâncias químicas para mascarar a baixa qualidade.
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Vendas suspensas e fiscalização reforçada
Com a gravidade do caso, autoridades em conjunto com o Ministério Público determinaram a suspensão imediata da comercialização dos lotes contaminados. Os produtos foram recolhidos para evitar riscos à população.
A Anvisa então ampliou a fiscalização de toda a cadeia produtiva e de distribuição, exigindo análises laboratoriais mais rígidas das empresas. Também foram firmadas parcerias entre órgãos federais e estaduais e promovidos treinamentos de equipes de inspeção, com o objetivo de detectar fraudes de forma mais rápida e eficaz.
Impacto nacional e cobrança por transparência
O escândalo ganhou repercussão em todo o país e abalou a confiança dos consumidores, especialmente no Rio Grande do Sul, onde a preocupação com a segurança dos laticínios foi intensa. Esse cenário gerou maior cobrança por transparência e pressionou o setor a adotar controles mais rígidos de qualidade.
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