AMAZÔNIA
Fumaça de queimadas na Amazônia chega a 10 estados
Alerta sobre os riscos à saúde causados por essa poluição atmosférica foram emitidos
Por Da Redação
O avanço da temporada de incêndios na Amazônia e no Pantanal, impulsionado pelas mudanças climáticas, está provocando sérias consequências ambientais e de saúde em dez estados do Brasil. A densa fumaça resultante desses incêndios tem comprometido a qualidade do ar em várias cidades da região.
De acordo com imagens fornecidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, a concentração de monóxido de carbono se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, atravessando também o Peru, Bolívia e Paraguai. Recentemente, o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) emitiu um alerta sobre os riscos à saúde causados por essa poluição atmosférica.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) destacou que os incêndios na Amazônia estão concentrados principalmente no sul do estado do Amazonas e nas proximidades da Rodovia Transamazônica (BR-230). Dados fornecidos pelo MMA mostram que Amazonas e Pará respondem por mais da metade dos focos de incêndio no bioma desde o início do ano até meados de agosto, com 67,2% desses focos ocorrendo desde julho.
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Área Devastada
O Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ) revelou que, neste ano, os incêndios devastaram 3,2 milhões de hectares na Amazônia, o que equivale a 0,77% do bioma. No Pantanal, quase 1,9 milhão de hectares foram destruídos pelas chamas, afetando 12,5% da área total da região.
O Sistema de Alarmes do Lasa-UFRJ emitiu um alerta de risco extremo para a Bacia do Paraguai, no Pantanal, destacando que as condições climáticas até a próxima quinta-feira (22) serão adversas para o combate aos incêndios. A alta velocidade de propagação do fogo pode dificultar significativamente as operações de controle, incluindo o uso de aeronaves.
Esforços de Combate
Atualmente, 1.489 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estão envolvidos na luta contra os incêndios na Amazônia. Desde o dia 24 de julho, 98 incêndios foram apagados, mas 75 ainda estão em andamento e podem se multiplicar em novos focos de calor.
No Pantanal, o esforço de combate envolve 348 brigadistas do Ibama e ICMBio, além de 454 militares das Forças Armadas, 95 membros da Força Nacional e 10 policiais federais. Dos 98 focos de incêndio identificados, 50 foram controlados e 46 permanecem ativos, com 27 desses sob controle.
Para coordenar a resposta federal aos incêndios, o governo criou uma sala de situação em junho. Foram disponibilizados R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para apoiar os Corpos de Bombeiros estaduais na Amazônia Legal. No Pantanal, um crédito extraordinário de R$ 137,6 milhões foi alocado para o combate aos incêndios, com mais R$ 13,4 milhões destinados ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para assistência humanitária e combate aos incêndios.
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