INSUFICIENTE
Governador indonésio admite falta de estrutura para resgate em vulcões
Lalu Muhamad atribuiu as dificuldades enfrentadas na operação às "forças da natureza"
Por Redação

O governador da Indonésia Lalu Muhamad Iqbal admitiu problemas com escassez de estrutura adequada para resgates em vulcões como o Rinjani, onde a brasileira Juliana Marins caiu e morreu ao fazer uma trilha, no dia 21 de junho.
Em uma carta aberta aos brasileiros no Instagram, o governador, que comanda a província de Sonda Ocidental, também afirmou que chuvas persistentes e uma névoa densa atrasaram os esforços de resgate. O governador lamentou a morte da jovem, que chama de "irmã", e presta condolências aos familiares da jovem.
“Estamos todos profundamente abalados por essa tragédia, especialmente por ter ocorrido aqui, em nossa terra natal. Quero assegurar que, desde o primeiro momento em que fomos informados do acidente, nossa equipe de resgate agiu com urgência e dedicação. Eles arriscaram a própria segurança para cumprir sua missão ", disse ele.
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Segundo Lalu Iqbal, muitos dos que compunham a equipe de resgate eram voluntários. Ele atribuiu as dificuldades enfrentadas na operação às "forças da natureza". O nevoeiro denso e as chuvas teriam dificultado ainda a ação de drones térmicos para "detectar coordenadas precisas".
“Além disso, o terreno arenoso próximo ao local criou riscos extremos para os dois helicópteros que mobilizamos, pois a entrada de areia nos motores tornava as operações de resgate aéreo inseguras”, continuou o governador.
“Reconhecemos que o número de profissionais certificados em resgate vertical ainda é insuficiente e que nossas equipes ainda carecem de equipamentos avançados para esse tipo de missão”.
O governador indonésio disse ainda que irá buscar adotar medidas concretas para melhorar a capacidade de reação a novas ocorrências. “Também percebemos que a infraestrutura de segurança ao longo da trilha de Rinjani precisa ser aprimorada, já que essa montanha deixou de ser apenas um destino de trilha para se tornar uma atração turística internacional. Com essa consciência, estou totalmente comprometido, como governador, a iniciar uma revisão abrangente com todos os envolvidos na região do Rinjani”, finalizou.
Caso Juliana Marins
A brasileira Juliana Marins sofreu uma queda de cerca de 600 metros enquanto percorria a trilha do vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia na última sexa-feira, 20.
O caso de Juliana repercutiu após críticas quanto à demora de resgate da jovem de 26 anos, moradora de Niterói (RJ). Um dia depois, câmeras de drones registraram a jovem imóvel. O corpo dela só foi resgatado quatro dias depois da queda, a 600 m de distância da trilha.
A causa da morte de Juliana Marins foi um trauma contundente, que provocou danos a órgãos internos e hemorragia.
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