BRASIL
Greve dos petroleiros: movimento ganha força e amplia impacto na Petrobras
Paralisação chega ao seu quarto dia nesta quinta-feira, 18

Por Gabriela Araújo

A greve nacional dos petroleiros da Petrobras chegou ao seu quarto dia nesta quinta-feira, 18, com novas adesões ao movimento de paralisação. Ao todo, 28 plataformas interromperam as atividades após a rejeição do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Na Bahia, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a greve foi aderida pelos trabalhadores da Estação Vandemir Ferreira (EVF), instalação terrestre da Petrobras, situadas nos seguintes locais:
- São Francisco do Conde;
- Parque São Sebastião;
- Estação de Transferência de Petróleo, em São Sebastião do Passé.
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Nesta quinta-feira, 18, ao menos novas cinco refinarias aderiram ao movimento grevista, são elas:
- Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), no Espírito Santo;
- Estação de Compressão de Gás Natural de Araucária (TBG), no Paraná;
- Terminais da Transpetro de Osório (Tedut), no Rio Grande do Sul;
- Além dos terminais de São Caetano do Sul e Barueri, bases do Sindipetro Unificado, em São Paulo.
“A forte e crescente adesão à greve demonstra a disposição da categoria em lutar pela retomada dos direitos, pela valorização dos trabalhadores e por uma Petrobrás forte, pública e a serviço do povo brasileiro”, destaca o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
Sérgio Borges, coordenador-geral do Sindipetro-NF e diretor da FUP, destaca a forte adesão à greve em todos os setores e o caráter histórico da mobilização no Terminal de Cabiúnas (Tecab), em Macaé (RJ).
“Registramos o maior número de grevistas dos últimos 20 anos, especialmente na luta pela incorporação dos trabalhadores da Transpetro cedidos à Petrobrás”. Para o dirigente, a categoria está pronta para uma greve longa: “Esta greve é por tempo indeterminado e os trabalhadores estão mostrando disposição de pelo menos passar Natal e Ano Novo em greve”, finaliza.
Entenda a greve dos petroleiros
A FUP, entidade que representa os sindicatos dos trabalhadores da Petrobras em todo o país, afirma que a motivação da greve deve-se a proposta apresentada pela companhia que não avançou em três pontos cruciais da negociação:
- Fim dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que promove descontos extras na remuneração de trabalhadores, aposentados e pensionistas para cobrir déficits do fundo de previdência da Petrobras;
- Aprimoramentos no plano de cargos e salários e garantias contra mecanismos de ajuste fiscal;
- Defesa de um modelo de negócios alinhado ao fortalecimento da estatal: barrar o avanço de parcerias e terceirizações que, na avaliação dos sindicatos, “precarizam o trabalho” e abrem caminho para privatizações.
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