POLÍTICA
FUP leva agenda de transição energética justa para a COP30
Federação cobra construção de plano em conjunto com trabalhadores

Por Cássio Moreira

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) se fez presente na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30). Os trabalhadores da indústria de petróleo e gás defenderam a participação efetiva nas discussões sobre a elaboração de um plano justo de transição energética.
As propostas foram apresentadas nesta quinta-feira, 13, no painel 'A ação sindical no Sul Global por uma transição energética justa e popular', que contou com as presenças de Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, e Luiz Marinho (PT), ministro do Trabalho.
Entre as sugestões, estão a construção de um plano estratégico de transição em conjunto com os trabalhadores, garantindo a capacitação profissional e geração de empregos de qualidade, a promoção do desenvolvimento regional, e a ampliação de investimentos em tecnologias de baixo carbono.
“É importante uma transição energética que fortaleça a negociação coletiva, o respeito aos direitos dos trabalhadores, afastando ameaças de precarização do trabalho, e que garanta o desenvolvimento sustentável”, destacou Bacelar.
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“Para construir uma alternativa ao modelo ineficiente da economia de mercado é preciso garantir que a transição energética seja socialmente justa, economicamente viável e eficaz para atingir as metas climáticas", afirmou
Margem Equatorial
No entender da FUP, a exploração da Margem Equatorial (MEB) é importante para a segurança energética nacional e redução da dependência de importação de derivados de petróleo no longo prazo, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste.
Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), entre 1970 e 2024 foram perfurados 815 poços na MEB brasileira. “A região precisa, porém, ser reconhecida como área estratégica, implementando o modelo de partilha da produção”, ressalta Bacelar.
Ele destacou também a necessidade de proteção e salvaguardas às comunidades locais e a aplicação da convenção OIT 169, que exige consulta prévia sobre projetos de exploração e produção na região.
Uma das condições colocadas pela FUP é que a renda gerada pela exploração da Margem Equatorial seja majoritariamente destinada aos estados da região, de forma a promover o desenvolvimento local.
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