PM baiano recebe ‘Vakinha’ após diagnóstico raro de câncer na Suíça | A TARDE
Atarde > Brasil

PM baiano recebe ‘Vakinha’ após diagnóstico raro de câncer na Suíça

César Henrique estava de férias, quando precisou ficar internado no país europeu

Publicado quarta-feira, 17 de janeiro de 2024 às 10:42 h | Atualizado em 18/01/2024, 20:02 | Autor: Pevê Araújo
César Henrique durante viagem à Suiça
César Henrique durante viagem à Suiça -

O policial militar baiano César Henrique estava de férias na Suiça quando a sua vida mudou completamente. Durante a viagem, ele foi diagnosticado com câncer raro quando procurou atendimento médico para tratar uma inflamação. Com a dívida no hospital suiço, amigos e familiares do pm abriram uma vaquinha virtual para ajudar a custear o tratamento.

Em entrevista ao Portal A TARDE, o policial militar César Henrique contou como foi diagnosticado com a doença e explicou o tratamento que está sendo realizado. Até o momento, ele segue internado em um hospital da Suíça, mas sonha em voltar ao Brasil para seguir a recuperação e reencontrar a família.

"Eu acabei descobrindo essa doença por acaso. Eu me senti um pouco mal durante a viagem, estava com inflamação e busquei o atendimento médico para conseguir uma receita, porque aqui na Europa, principalmente na Suíça, as farmácias não vendem muitos remédios sem receita. Então, ao buscar esse atendimento médico para conseguir essa receita, a médica resolveu fazer uma colheita de sangue e nesse exame ela encontrou algumas inconsistências", conta.

Ele explica que por ser uma doença aguda, a necessidade de tratamento era imediata, o que obrigou o baiano a se internar no hospital da Suíça. "É um caso raro da doença, é muito difícil cometer adultos e por ser aguda ela é bastante agressiva. Ou seja, se eu ficasse mais alguns dias sem o atendimento médico, provavelmente eu não iria resistir", afirma.

César Henrique foi diagnosticado com leucemia promielocítica aguda. Ele disse ao A TARDE que está recebendo um apoio muito grande dos colegas da Polícia Militar e diretamente da corporação, o que tem contribuído para que ele tenha forças para seguir com o tratamento.

"Esse período tem sido muito difícil, tanto para mim quanto para minha família. Ser surpreendido por uma doença já não é bom, ainda mais quando você está fora do seu país, fora da sua casa, longe dos seus amigos, dos seus familiares. Então tem sido uma barra muito difícil para mim e para minha família que nós estamos tendo que enfrentar", continua.

Para retornar ao Brasil, César Henrique precisa estabilizar o quadro clínico. Ele vai interromper o tratamento para fazer a viagem, mas terá que iniciar de forma imediata em solo brasileiro.

"Desde o dia 22 de dezembro de 2023, eu permaneço internado no hospital, aqui na Europa. Eu ainda não consegui voltar para o Brasil, porque eu preciso primeiro estabilizar meu quadro clínico. Depois precisa ser ajustado com o hospital e o plano de saúde no Brasil, porque o meu tratamento não pode ser interrompido. Eu vou sair daqui, viajar para o Brasil e continuar o tratamento no dia seguinte", detalha.

Vaquinha virtual

O objetivo é arrecadar R$ 500 mil para pagar dívidas com hospital na Suíça e o tratamento no Brasil. Até a publicação desta reportagem, a página na plataforma Vakinha já tinha arrecadado R$ 91.480,61.

César Henrique precisa garantir a continuidade da recuperação para manter as chances de cura. Ele conta que apesar de uma liminar determinando o pagamento do tratamento pelo seguro saúde, contratado durante a viagem, a dívida com o hospital na Suíça continua.

"Nesse momento, a maior contribuição para o meu tratamento é a garantia das duas medicações que eu estou fazendo uso aqui, que são o Trisenox e o Vesanoid, porque eu não posso mudar o tratamento para outra medicação, tem que ser a mesma. Então a partir da garantia dessa medicação no Brasil pelo hospital e pelo plano de saúde, eu consigo ajustar o meu retorno", finaliza.

Publicações relacionadas