BRASIL
Professor de universidade é demitido após 40 denúncias de assédio
Nos documentos, os alunos ainda apontam casos de misoginia, racismos e outros

Um professor da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) foi demitido, na última quarta-feira, 12, pela instituição após ser alvo de mais de 40 denúncias de assédio, racismo, misoginia e entre outros. Os casos aconteceram na cidade de Marília, no interior de São Paulo.
O professor, Rafael Salatini de Almeida teve sua demissão publicada no Diário Oficial do estado. Ele ocupava o cargo de professor assistente doutor e atuava no Departamento de Ciências Políticas e Econômicas da Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília, e foi alvo de um processo administrativo, que terminou com o desligamento por justa causa.
As denúncias foram encaminhadas pelos alunos em maio de 2024. No momento, representantes do centro acadêmico enviaram um documento com 44 relatos feitos de forma anônima de estudantes que narravam os comportamentos do professor na sala de aula.
Episódios relatados
Os supostos relatos incluem comentários e perguntas do professore sobre relações sexuais, além de comentários misógenos sobre mulheres. Em uma ocasião, ele teria perguntado a um aluno quanto ele cobraria para realizar sexo anal.
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Além disso, o docente também teria se insinuado para alunas e questionado um homem negro se ele “tomava banho”. Em outro episódio o professor teria dito que caso dois alunos tivessem um relacionamento, um deles seria capaz de realizar violência doméstica.
"Apesar de já se saber que tais práticas são de longa data, contudo, as condutas do docente estão cada vez piores", diz o texto do documento encaminhado pelo centro acadêmico.
A Unesp informa, por meio de nota, que Almeida foi desligado por justa causa por "procedimento irregular de natureza grave" e "ato de improbidade e conduta moralmente questionável" após a conclusão da comissão que apurou o caso em um processo administrativo disciplinar.
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