BRASIL
Rival de Marcola é isolado após flagrante em cela de segurança máxima
Roberto Soriano, conhecido como "Tiriça", começou o castigo na última terça-feira, 11

Por Isabela Cardoso

Roberto Soriano, de 51 anos, conhecido como “Tiriça”, foi colocado em regime de isolamento disciplinar na Penitenciária Federal de Mossoró (RN) após agentes encontrarem um osso de galinha afiado em sua cela. O objeto, transformado em uma espécie de punhal artesanal, poderia ser utilizado para ataques ou tomadas de refém dentro da unidade prisional de segurança máxima.
Soriano começou o castigo na última terça-feira, 11. De acordo com o protocolo, ele ficará um mês em isolamento, sem direito a visitas e privado do banho de sol diário de duas horas. A medida foi aplicada em razão do risco que o item representava para a segurança da unidade.
Ex-número 2 do PCC e desafeto de Marcola
Apontado como ex-integrante da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), Tiriça já foi considerado o braço direito de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. A relação entre os dois, porém, degringolou após um racha interno que expôs a maior crise da facção nos últimos 30 anos.
Em 2022, Soriano, junto a Abel Pacheco de Andrade (“Vida Loka”) e Wanderson de Paula Lima (“Andinho”), passou a ser conhecido como parte da chamada “ala terrorista” do PCC. O grupo tentou desalojar Marcola da liderança da organização criminosa. Em resposta, o comando fiel a Marcola decretou a morte do trio, acusando-os de calúnia e traição.
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O conflito veio à tona depois que uma conversa gravada entre Marcola e um agente penal federal, em Porto Velho (RO), revelou o líder máximo chamando Tiriça de “psicopata”. O áudio foi anexado a investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e reforçou a gravidade da ruptura.
Condenado por mandar matar psicóloga
Em 2023, Roberto Soriano foi condenado a 31 anos e 6 meses de prisão como mandante do assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo. O crime reforçou sua reputação de extrema violência e consolidou o rompimento definitivo com a atual gestão do PCC.
A punição na Penitenciária Federal de Mossoró é mais um capítulo na trajetória do criminoso, que segue sendo monitorado em regime de alta segurança por representar risco elevado dentro e fora do sistema prisional.
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