BRASIL
Surto de sarampo em país vizinho acende alerta para o Brasil
Baixa cobertura vacinal aumenta o risco do retorno da doença
Por Gustavo Zambianco

O vírus do sarampo voltou a circular em países da América do Sul, e isso já faz com que estados brasileiros acendam um sinal de alerta. Somente na Bolívia foram registrados 229 casos esse ano e, de acordo com o Ministério da Saúde, 22 casos importados desse país ao Brasil já foram registrados, a maioria sendo no Tocantins.
O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um dos vírus mais contagiosos para os seres humanos que pode levar à morte, As pessoas que estiverem contaminadas tem 90% de chance de transmiti-lo para outras saudáveis.
Casos mundiais aumentam
O Brasil recebeu o certificado de país livre da doença em novembro do ano passado. Porém, movimentos antivacina têm acarretado a surtos de vacina ao redor do mundo.
Os casos de sarampo na União Europeia dobraram em 2024, marcando um recorde em mais de 25 anos, de acordo com análise da Organização Mundial da Saúde, OMS e o Unicef. A união representa 53 países do continente europeu.
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De acordo com a OMS, depois de um retrocesso na cobertura de imunização durante a pandemia da Covid-19, os casos aumentaram drasticamente desde 2023.
As taxas de vacinação não retornaram ao que eram antes da pandemia, aumentando os riscos de surtos.
Quais os sintomas do sarampo?
- Manchas no corpo;
- Febre alta;
- Mal-estar;
- Tosse;
- Conjuntivite;
- Falta de apetite.
Infecções causadas pelo sarampo podem gerar complicações, como pneumonia, encefalite e desidratação, além de prejudicar a memória defensiva do sistema imunológico contra vários patógenos.
Vigilância contínua com a vacinação
O Brasil conquistou o título de ser um país que eliminou o sarampo em seu território, porém para manter essa situação só existe um jeito: continuar vacinando a população.
O motivo disso é que, caso uma pessoa de fora, infectada com o vírus, encontre uma pessoa suscetível, que no caso não se vacinou, no Brasil, o vírus pode voltar a ativa no país. Logo, não é porque o país erradicou a doença em seu território, que podemos deixar nossas guardas baixas.
A vacina que faz a proteção contra o sarampo é a “tríplice viral”, que também protege contra a rubéola e a caxumba. Ela está disponível na rede pública para todas as pessoas de 6 meses a 59 anos. As crianças tomam uma dose da tríplice viral aos 12 meses e outra aos 15 meses.

A dose de reforço é necessária?
Caso a pessoa esteja com o esquema de vacina completo, ela não precisa tomar uma dose de reforço. Porém, caso a pessoa tenha perdido ou não tenha a carteirinha de vacinação, e não se lembre se tomou ou não, os agentes vão buscar no sistema e, se não for encontrado os registros, os agentes indicam que ela tome todas as vacinas para a idade dela.
Na fase adulta, a pessoa não vacinada contra o sarampo precisa de duas doses, com intervalo de um mês entre as duas, para quem tem até 29 anos e uma dose para pessoas de 30 a 59 anos.
Com a queda no número de pessoas vacinadas, doenças que antes estavam erradicadas correm o risco de retornar.
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