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Terremotos no Brasil? Veja casos históricos e o que diz a geologia

Primeiro terremoto documentado no Brasil ocorreu em 1724, na cidade de Salvador

Por Isabela Cardoso

31/07/2025 - 18:30 h
Os
terremotos de foco raso são aqueles que ocorrem entre 0 e 70 km de profundidade
Os terremotos de foco raso são aqueles que ocorrem entre 0 e 70 km de profundidade -

Diante de notícias recentes sobre um terremoto de magnitude 8,8 que atingiu o litoral da Rússia, muitos brasileiros voltaram a se perguntar: será que o Brasil corre risco de enfrentar tremores assim? Embora o país esteja longe das principais zonas de instabilidade tectônica do planeta, a resposta não é tão simples quanto parece.

Apesar de estar em uma região considerada estável, o Brasil já registrou terremotos significativos ao longo da história e alguns deles tiveram magnitude suficiente para causar estragos e até mesmo mortes. A ciência mostra que, embora raros, os abalos sísmicos em território nacional não devem ser completamente ignorados.

Tremores históricos no Brasil

O primeiro terremoto documentado no Brasil ocorreu em 1724, na cidade de Salvador, na Bahia, conforme registros históricos. Desde então, diversos eventos sísmicos foram registrados em território brasileiro, embora com menor frequência e intensidade em comparação com países localizados nas bordas das placas tectônicas.

O mais intenso aconteceu em 1955, na Serra do Tombador (MT), com magnitude estimada em 6,3. Em 2007, um tremor de 6,1 graus foi registrado entre Acre e Amazonas. No mesmo ano, Itacarambi (MG) viveu um sismo de 4,9 graus que resultou na única morte confirmada por terremoto no Brasil até hoje.

Mais recentemente, em 2024, um tremor de magnitude 6,6 foi registrado no norte do país. No entanto, por ter ocorrido a mais de 600 km de profundidade, o evento não foi sentido pela população local.

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Por que o Brasil não tem terremotos frequentes?

A explicação está na localização geológica do país. O Brasil está situado no centro da Placa Sul-Americana, uma área chamada de intraplaca — ou seja, longe dos limites entre placas tectônicas, onde ocorrem os terremotos mais intensos do planeta, como no Japão, Chile ou Indonésia.

Por isso, os abalos sísmicos em território brasileiro costumam ser leves ou moderados. No entanto, segundo pesquisadores do Instituto de Geociências da USP, o país possui cerca de 48 falhas geológicas mapeadas que podem gerar atividade sísmica esporádica.

“É menos provável que o Brasil experimente terremotos de magnitude elevada… mas tal hipótese não pode ser descartada”, alerta o geofísico Marcos Ferreira, do Serviço Geológico do Brasil (SGB).

Monitoramento de abalos sísmicos
Monitoramento de abalos sísmicos | Foto: Divulgação | iStock

Atividade humana também pode causar tremores

Além das falhas naturais, há também os chamados terremotos induzidos (causados por ações humanas). Um exemplo ocorreu entre 1971 e 1972, na construção da hidrelétrica Capivari-Cachoeira, no Paraná. O enchimento da represa gerou sismos locais provocados pelo peso da água represada.

Esse tipo de tremor pode ocorrer em regiões onde grandes barragens, escavações profundas ou atividades de mineração alteram significativamente o equilíbrio geológico local.

As regiões mais vulneráveis no Brasil

Embora o país esteja, em geral, em uma posição confortável no mapa da sismicidade mundial, algumas regiões apresentam mais registros de tremores do que outras. Minas Gerais, Rio Grande do Norte e partes da Região Norte já foram cenários de sismos relevantes. Nessas áreas, especialistas recomendam atenção redobrada e o fortalecimento da infraestrutura local.

Com o avanço da tecnologia, o Brasil conta hoje com sistemas de monitoramento sísmico mais robustos, que permitem detectar com precisão a origem e a intensidade de tremores, mesmo os que não são sentidos pela população.

Além disso, o investimento em engenharia sismorresistente, principalmente em obras de grande porte, se mostra cada vez mais necessário, ainda que o país não esteja em uma zona de risco extremo.

E então, o Brasil pode ter terremoto?

A resposta é: sim, mas com baixíssima probabilidade de eventos catastróficos como os que ocorrem em regiões de borda tectônica. Os registros históricos comprovam que o solo brasileiro pode, sim, tremer, ainda que de forma isolada, com baixa frequência e, na maioria das vezes, sem grandes consequências.

A melhor estratégia, segundo os especialistas, é manter a vigilância científica, respeitar os dados geológicos e investir em prevenção. Afinal, mesmo que a rotina do brasileiro não envolva tremores, é sempre bom estar preparado para o inesperado.

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