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HISTÓRICO

Foto rara de 1960 emociona Antônio Pitanga no Open Air: "Memória"

Ator, produtor e diretor baiano se viu em foto rara selecionada pelo A TARDE

Bianca Carneiro e Beatriz Santos

Por Bianca Carneiro e Beatriz Santos

01/10/2025 - 19:21 h
Foto histórica de Barravento surpreende Pitanga em Salvador
Foto histórica de Barravento surpreende Pitanga em Salvador -

O passado encontrou o presente em um verdadeiro roteiro de cinema na noite desta quarta-feira, 1º, no Open Air Brasil, evento parceiro do Grupo A TARDE. Presente para a pré-estreia do seu novo filme, 'Malês', o ator e diretor soteropolitano Antônio Pitanga viveu um momento de forte emoção ao ser surpreendido por uma fotografia dele próprio, aos 20 anos de idade, durante as filmagens de 'Barravento' (1962), clássico de Glauber Rocha que marcou a história do cinema baiano e nacional.

A imagem integra a exposição realizada pelo Centro de Documentação e Memória – CEDOC, do Jornal A TARDE, que traz ao público um recorte histórico da trajetória audiovisual baiana. Para Pitanga, a experiência foi uma viagem no tempo.

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“O Glauber é o responsável pelo ator Antônio Pitanga. Quando ele me chamou para fazer Barravento, disse: ‘Pitanga, se você quer ser ator, tem que fazer teatro’. Então, meu irmão, meu companheiro de movimentos... Aqui nasceu o Cinema Novo, em 1959, 1960, com Barravento. A memória é viva. O cinema brasileiro é o que é porque esses jovens, liderados por Glauber Rocha, Roberto Pires, Oscar Santana, Orlando Senna, foram responsáveis por cortar o cordão umbilical de uma cultura colonizada, europeia, americana, moscovita, e inaugurar genuinamente uma cultura cinematográfica brasileira".

Ao ver sua própria imagem em Barravento, Pitanga refletiu sobre a passagem do tempo e sua trajetória.

Eu tinha aqui 20 anos. Então, para mim, é uma fotografia que me traz a realidade do tempo. Eu trago o tempo para o hoje, e o hoje é isso: o cinema brasileiro está fazendo o melhor cinema do mundo

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Imagem ilustrativa da imagem Foto rara de 1960 emociona Antônio Pitanga no Open Air: "Memória"
| Foto: José Simões | Ag. A TARDE

Perguntado sobre o que mudou desde aquele jovem ator até o homem que é hoje, Pitanga respondeu:

“A gente vai criando musculatura, textura, vai criando uma visão política, social, cultural. Esse homem aqui nasceu no Pelourinho, de uma família pobre, mãe neta de escravos, Maria da Natividade. O cinema me lapidou e me deu o olhar necessário para ser um homem, um brasileiro que luta pelas causas corretas".

O registro do CEDOC divertiu Pitanga, que tirou várias fotos com a sua outra versão, e convidou outros nomes de 'Malês', como o filho Rocco, a atriz Edvana Carvalho e Heraldo de Deus a conhecerem a mostra também.

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O papel da memória, cinema e do CEDOC

A mostra do CEDOC reúne registros fundamentais da história do cinema baiano e brasileiro. Para Pitanga, a preservação dessas imagens é uma forma de conectar gerações.

A exposição sobre o passado é exatamente como o Malês é para a juventude. É trazer o século XIX, colar no século XXI e levar lembranças e histórias que a juventude não conhece, porque não está no ensino fundamental, não está nas universidades. A nossa história e a Bahia geram uma história que o Brasil não conhece. Então é muito importante que tenha esse museu, que tenha essa exposição, para que a juventude possa dialogar com a sua época e com a formação do povo brasileiro
Imagem ilustrativa da imagem Foto rara de 1960 emociona Antônio Pitanga no Open Air: "Memória"
| Foto: José Simões | Ag. A TARDE

Com o lançamento de seu novo filme Malês, que aborda a Revolta dos Malês, levante de escravizados muçulmanos na Bahia em 1835, Pitanga reforçou a ideia de que o cinema pode ser um instrumento de reparação histórica.

“É uma ferramenta que adentra os lares, seja através do cinema, seja através da televisão, e dialoga exatamente com a história. Nós temos essa responsabilidade de descortinar, de descobrir essa história apagada da própria formação do povo brasileiro. Exposições como essa dialogam com a época, com a importância das pessoas que fizeram história".

O ator destacou ainda que trazer à tona nomes de baianos que marcaram a história é fundamental para que as novas gerações compreendam melhor o país.

“A juventude hoje tem uma relação com a democracia a partir de pessoas como Luiz Gama, Glauber, Jorge Amado, Carybé. Essa é a importância de trazer a história, para que a gente possa dialogar. Até você trazer Anísio Teixeira, o educador, falar de Milton Santos, Juliano Moreira. São baianos que fizeram história. E a história está aí para ser contada", finalizou.

O elenco de Malês no Open Air Brasil
O elenco de Malês no Open Air Brasil | Foto: José Simões | Ag. A TARDE

Exposição do CEDOC no Open Air Brasil

A exposição do CEDOC integra a programação do Open Air Brasil, que segue até 12 de outubro no Centro de Convenções de Salvador, com filmes, shows e acesso a um site especial que reúne mais de 50 imagens e reportagens sobre o cinema feito na Bahia nos últimos 100 anos. Clique aqui e confira as imagens.

Ingressos e programação do Open Air Brasil

Os ingressos para o Open Air Brasil estão sendo vendidos na plataforma Sympla. Confira a programação completa do evento abaixo:

  • Dia 30 de setembro (terça-feira): “3 Obás de Xangô” + Show de Alice Caymmi
  • Dia 1º de outubro (quarta-feira): “Malês” (pré-estreia com presença do diretor e elenco) + Show de Rachel Reis
  • Dia 2 de outubro (quinta-feira): “Pulp Fiction - Tempo de Violência”
  • Dia 3 de outubro (sexta-feira): “Missão: Impossível – O Acerto Final” + Show da banda Herbert & Richard
  • Dia 4 de outubro (sábado): “Lilo & Stitch” (live-action) + “F1 – O Filme” (sessões independentes)
  • Dia 5 de outubro (domingo): “Meu Amigo Totoro” + “Thelma & Louise” (sessões independentes)
  • Dia 7 de outubro (terça-feira): “Pecadores”
  • Dia 8 de outubro (quarta-feira): “Uma Batalha Após a Outra”
  • Dia 9 de outubro (quinta-feira): “Ó Paí, Ó” (sessão especial de 18 anos) + Show de Majur
  • Dia 10 de outubro (sexta-feira): “Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda” + Show da banda Herbert & Richard
  • Dia 11 de outubro (sábado): “Como Treinar o Seu Dragão” (live-action) + “Quarteto Fantástico: Primeiros Passos” (sessões independentes)
  • Dia 12 de outubro (domingo): Show da Banda Didá + “A Menina e o Pote” (curta-metragem) + “A Pequena Sereia” (live-action) (sessões independentes)

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Tags:

Antônio Pitanga cedoc Malês Open Air Brasil

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