EXPERIÊNCIA IMERSIVA
Parceiro de A TARDE, Open Air Brasil chega a Salvador com maior tela de cinema do mundo ao ar livre
Filmes, gastronomia, shows e pipoca grátis: saiba como será o evento na capital baiana
Por Edvaldo Sales

Salvador vai receber pela primeira vez, de 30 de setembro a 12 de outubro, no Centro de Convenções, o Open Air Brasil. O evento, que conta com parceria do Grupo A TARDE, vai oferecer ao público soteropolitano a oportunidade de ter uma experiência audiovisual marcante com a maior tela de cinema a céu aberto do mundo — e direito a pipoca de graça.
Na sua 35ª edição, o evento, que passou por Brasília em junho, une a magia do cinema à tecnologia de última geração da exclusiva tela gigante de 325 m² (do tamanho de uma quadra de tênis), que vem direto da Suíça.
A projeção em 4K e o potente sistema de som, com 28 caixas Dolby Digital Surround, também fazem toda a diferença. O objetivo é encantar o público e despertar, ou resgatar, a paixão pelo cinema. Ao longo de 20 anos, o evento já recebeu um público superior a 750 mil pessoas e exibiu mais de 650 filmes, de blockbusters a cults, passando por clássicos a filmes de arte.
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Ao Portal A TARDE, o criador e diretor do Open Air Brasil, Renato Byington, detalhou como surgiu a ideia do evento. Ele contou que estava em Portugal quando ouviu falar do equipamento. “Pirei com essa ideia de uma tela em movimento e pelas dimensões. Quando tive a oportunidade de conhecer o equipamento, falei: ‘tenho que levar isso para o Brasil, mas eu quero transformar isso em algo ainda mais abrangente, para além do filme’. A experiência audiovisual que a gente oferece é absolutamente única, mas acrescentamos também outras experiências que começam na escolha do lugar, por exemplo”.
O idealizador destacou que o espaço vai oferecer ativações para as crianças e outras oportunidades de entretenimento. “Tem uma música agradável, um espaço amplo, não tem fila, sem aperto, é ventilado. É só chegar, escolher seus lugares, sem precisar ter a preocupação de se vai ter uma boa visibilidade ou não, porque toda a arquibancada oferece uma visibilidade perfeita da tela e um som perfeito. Além da arquibancada, tem as espreguiçadeiras na frente. Temos cerca de 1.100 lugares na arquibancada e mais 400 espreguiçadeiras”, explicou Byington.
Celebração da arte de ir ao cinema

O Open Air Brasil promete elevar a ida ao cinema a “experiência audiovisual única”, principalmente devido à tela, projeção e ao som. Outro fator que contribui para isso é o ambiente ao ar livre.
“A gente se soma ao filme e o filme se soma à paisagem. Às vezes, a lua nasce atrás da tela, ou passa um pássaro. E isso brinca entre ficção e realidade o tempo todo. A visão da tela cobre todo o seu campo de visão, de tão grande que ela é. Você realmente se sente dentro do filme e esse é um dos pontos centrais”, destacou.
Renato Byington enfatizou que o Open Air não é um festival de cinema, nem uma mostra, e sim, “uma celebração da arte de ir ao cinema e de se fazer cinema”. “É isso que a gente propõe, uma experiência especialíssima de homenagem ao cinema. É o cinema homenageando o cinema, é o público reverenciando os diretores, é o equipamento a serviço da linguagem cinematográfica. Os filmes são escolhidos para atingir públicos diferentes. A gente vai ter filmes para famílias e crianças, para cinéfilos, e clássicos que a gente vai trazer de volta”.
O público vai perceber aquele filme de uma nova maneira, porque a qualidade do som e da imagem é espetacular, e o tamanho da tela proporciona essa nova vivência.

A programação completa será anunciada em breve, assim como a venda dos ingressos através do site oficial do evento.
Por que Salvador?

A escolha por Salvador para receber o Open Air Brasil não foi à toa. Byington pontuou que não há como imaginar coisas boas e não pensar na capital baiana. A ideia, de acordo com ele, é sair do eixo Rio-São Paulo.
“Vir para cá é uma obrigação do Open Air. A gente começou por Brasília e Salvador. Eu estou felicíssimo. A acolhida que a gente está tendo aqui está sendo muito grande e eu tenho certeza que o público, quando entender essa proposta do Open Air, desse cinema gigante ao ar livre, com conforto, com uma qualidade perfeita de projeção e de som, vai ter uma experiência incrível aqui no nosso evento”, garantiu.
Shows e abertura de alto nível
Além da programação dos filmes, pensada cuidadosamente para atender diferentes públicos, o Open Air Brasil proporciona uma experiência cinematográfica expandida, combinada com shows, performances e ativações. Até hoje, foram mais de 145 apresentações musicais de artistas como a saudosa Preta Gil, além de Gloria Groove, Lulu Santos, Marcelo D2 e Buchecha.
Para Salvador, Renato Byington prometeu uma abertura de alto nível. “A gente vai ter shows que são programados como a extensão do filme. A noite de abertura está incrível e vai ter um show lindo complementando um longa ainda mais lindo, com uma mensagem completamente baiana, de Salvador. Um filme que quase ninguém viu ainda”, afirmou.
E quem for conferir a iniciativa, mas sentir fome, sem problemas, afinal, opção de comida é o que não vai faltar. “Como essa experiência se estende para o show e antes tem a recreação infantil, é natural que as pessoas tenham fome. A gente vai convidar food trucks daqui e operadores de alimentos e bebidas conhecidos aqui de Salvador para oferecerem seus cardápios lá durante o evento”, revelou.
Além do destaque imersivo, gastronômico e de celebração do cinema, o Open Air Brasil investe na acessibilidade e vai fazer algo inovador. O diretor relatou ao A TARDE que, na edição de Brasília, foi contratada uma consultoria especializada no assunto e, segundo ele, foi “muito profundo o conhecimento que eles passaram”. “Ao mesmo tempo, percebemos como a maioria das pessoas é quase ignorante nesse assunto”, ressaltou Byington.
“Uma coisa muito simples que não acontece ainda no cinema nacional é a legenda em português para filmes nacionais. Para quem é surdo, é fundamental. ‘Ainda Estou Aqui’ foi visto por quase zero pessoas com deficiência auditiva, porque a pessoa não tem a legenda em português. A gente vai trazer a legendagem em português para esses longas. Parece uma coisa boba, mas não tem nada de bobo nisso”, enfatizou.
Além disso, o Open Air Brasil vai contar com uma sala para pessoas neurodivergentes ou para quem precisar simplesmente dar um tempo. Também vai haver a distribuição de protetores auriculares. “São pequenas coisas que fazem uma enorme diferença para quem está vivendo aquela experiência. Se tiver a fala de um diretor no início do filme, a gente vai ter um intérprete em libras, nos shows também vai ter. E temos uma equipe especializada em pessoas com deficiência, inclusive alguns integrantes da nossa equipe são deficientes”, declarou o criador.
Desdobramento da experiência

Em paralelo ao Open Air Brasil, vão acontecer ainda, edições do Cinema Inflável em três localidades de Salvador, de quarta a domingo. Gratuito, o projeto acontece também a céu aberto, em regiões com acesso limitado ao cinema. Com uma tela inflável de 60 m² e distribuição gratuita de pipoca, a iniciativa contará com uma programação exclusiva e capacidade de 800 pessoas por sessão.
O Cinema Inflável vai exibir cerca de 20 filmes por edição, incluindo curtas-metragens e videoclipes de cineastas locais, além de oferecer recreação infantil e apresentar programações e atividades em parceria com importantes pontos de cultura.
“O Cinema Inflável é um desdobramento do Open Air e é uma outra proposta. É um cinema ao ar livre, que usa uma tela inflável bem grande, maior do que a de um shopping. A gente ainda está decidindo quais serão esses lugares, mas isso vai começar também em setembro e vai se estender até outubro”, explicou.
Renato Byington explicitou que a tela é como se fosse um grande colchão inflável. “De um lado tem uma superfície, um tecido especial para receber a projeção. Só que ao invés de ser uma estrutura rígida, é um grande colchão, que infla dentro do período de uma hora. Vão ter 500 cadeiras para as pessoas sentarem, tem pipoca de graça. É um barato. E vai ter uma programação mais focada em filmes nacionais”, completou.
Ao portal, o idealizador celebrou a oportunidade de fazer algo gratuito para as pessoas. “A gente poder oferecer cultura de graça na porta da casa das pessoas, que não tem dinheiro, às vezes, nem para o ônibus, é uma coisa muito linda. A gente, felizmente, tem o apoio do Ministério da Cultura. Acho isso muito importante”, comemorou.
A cultura é para todos, ela é formadora de um senso de pertencimento, provoca o pensamento nas pessoas, estimula o estudo e o crescimento das pessoas. No final das contas, ela traz prosperidade.
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