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Agricultura rainha, agricultor rei

Publicado segunda-feira, 26 de abril de 2021 às 06:00 h | Atualizado em 26/04/2021, 09:10 | Autor: José Luiz Tejon
Foto: Miriam Hermes | Ag. A TARDE
Foto: Miriam Hermes | Ag. A TARDE -

Quem diria, anos atrás era o Jeca Tatu do Mazzaropi. Hoje, salvando as contas externas brasileiras. Em meio à pandemia, o total da agropecuária cresceu 15,2 % no valor bruto da produção, batendo o recorde de R$ 1,192 trilhão, com a agricultura crescendo 19,3% e a pecuária, 7,6%.

Da mesma forma a agropecuária, o dentro da porteira, aumenta a importância e participação dentro do complexo agroindustrial, comércio e serviços do agribusiness.

Soja e milho tornam-se as culturas campeãs dos preços, o real desvalorizado, a China e a Ásia compradoras, atraem os agricultores de todas as demais culturas para o convidativo preço da saca multiplicado por três, quando há um ano atrás comparado. Os consumidores internos da soja e do milho não gostam nada disso, pois lá vem o impacto em toda a cadeia da proteína animal.

Pelo lado da pecuária, a carne bovina foi o grande crescimento, com 14% no faturamento. Então, aumenta no campo a busca da integração lavoura e pecuária. A dobradinha dos ótimos preços com acesso a mercados internacionais.

E temos frutas, hortaliças, cacau, café, açúcar e etanol, frangos e suínos, madeira, lácteos, citros, pescados, hortaliças, mandioca, trigo e algodão - sem esquecer dos frutos do sertão.

E você jovem brasileiro? Não ache que o agronegócio chegou ao limite. Muito ao contrário: vamos dobrar de tamanho nos próximos dez anos. Temos cerca de mais três milhões de propriedades de agricultura familiar pequenas para integrar e se desenvolverem com o cooperativismo; irão produzir, criar empregos e gerar riquezas. Vem por aí um mundo de gigantescas oportunidades com sustentabilidade.

Olhem para a Bahia com o olhar da transformação. Onde existem incômodos, ali iremos produzir solução. Campo e cidade, agricultor e indústria, comércio e consumidor, uma só sociedade. Start ups de serviços digitais: juventude, capte todos os sinais! E que a educação da esperança disso se aproprie com biodiversidade e universidade.

Como canta a poetisa Juliana Linhares: “Eu não posso mudar o mundo, mas eu balanço o mundo”. E se balançarmos o mundo no doce balanço baiano, vamos, sim, melhorar muito o mundo.

Se a agricultura é a rainha do Brasil, o agricultor é nosso rei. Vamos balançar e realizar.

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