Início dos sonhos para o Esquadrão
Confira a coluna do jornalista tricolor Leandro Silva

Esta semana divide a temporada tricolor. Ela começou, no domingo, encerrando da melhor maneira possível a primeira parte, com o 51º título do Campeonato Baiano, contra o rival, o terceiro conquistado dentro do Barradão, depois de 1998 e 2018, e será encerrada na véspera da estreia no Brasileiro da Série A, domingo, contra o Corinthians.
Na quinta seguinte, o primeiro jogo do Esquadrão na tão sonhada fase de grupos da Libertadores, contra o Inter.
Leia Também:
Nós, tricolores, não poderíamos imaginar melhor cenário nessa primeira parte do ano, com 100% de aproveitamento nos objetivos traçados.
Desde o início, todo o planejamento foi voltado para colocar o Esquadrão na fase de grupos da Libertadores, e houve pleno êxito, passando por The Strongest, da Bolívia, e Boston River, do Uruguai, em duelos de mata-mata, sempre com empates no exterior e triunfos na Fonte Nova.
O Corinthians, adversário de domingo, e que ultrapassou o Bahia na reta final do Brasileiro, por exemplo, ficou pelo caminho, mostrando o risco real existente.
Leia Também:
O Esquadrão chegou a colocar em risco as chances de título estadual por causa da priorização da Libertadores, em especial na semifinal, contra o Jacuipense, chegou a ameaçar o Tricolor.
Mas o Bahia confiou na força do grupo e foi recompensado, chegando ao título utilizando o time titular em apenas quatro dos 13 jogos da competição, incluindo um jogo contra o Colo-Colo e os três Ba-vis.
Dessa forma, deu espaço necessário para muitos nomes importantes para o grupo e não sobrecarregou as principais peças.
No Ba-Vi de domingo, no Barradão, vale a pena individualizar alguns destaques. A começar por Marcos Felipe, decisivo, com duas defesas bem difíceis. Acevedo jogou muito e mostrou quanta falta fez, em boa parte de 2024, não poder contar com um jogador com essas características.
Por fim, Kayky mostrou outra vez que é afeito a maltratar os rivais, decidindo outro Ba-vi, como em 2023.
A regra do empate fora e do triunfo na Fonte, que deu muito certo na competição continental, foi transferida com sucesso para a decisão do Campeonato Baiano, mas com uma pequena adaptação na ordem dos acontecimentos.
No âmbito estadual, o triunfo veio antes do empate, que veio de maneira cruel, aos 62 minutos, com Kayky, depois que os rivais chegaram a acreditar que seria possível reverter. Roteiro perfeito para a explosão de felicidade tricolor.

Por mais que os estaduais recebam uma coleção de críticas, na maioria das vezes justas, confesso que não consigo ser totalmente contrário. Nostalgia, pelas conquistas do passado, e rivalidade, eterna, devem explicar porque eu ainda me empolgo tanto com o Campeonato Baiano. E ganhar o título contra o rival é sempre maravilhoso. Fantástico.
A próxima semana terá dois duelos gigantes, contra Corinthians e Inter, justamente no primeiro passo, no Brasileiro e na fase de grupos da Libertadores. Mesmo ciente de que ainda há muito a ser corrigido e de que o Esquadrão ainda não enfrentou, em 2025, nenhum adversário do mesmo nível dos dois citados, peço licença à sensatez, para seguir sonhando alto.
A torcida fica agora para que o Bahia seja tão feliz nos nove meses restantes do ano quanto está sendo nesses três primeiros. Mesmo com a convicção de que os maiores desafios ainda estão prestes a começar, fica a esperança de que o Esquadrão siga em franca evolução, estando sempre preparado para o nível de exigência dos próximos passos no ano.