Pelo fim de um incômodo
Confira a coluna do jornalista Leandro Silva
O Bahia já volta a campo sábado, menos de três dias depois do término da partida de ontem, contra o Athletico. E o foco agora está em um feito inédito: conseguir vencer o Cuiabá. O histórico do confronto entre os dois clubes ainda é recente, já que se enfrentaram pela primeira vez em 2021, e curto, pois só se encontraram quatro vezes.
Já incomoda bastante, porém, o fato de não ter conseguido vencer uma única vez, com três empates, nos primeiros encontros, e uma derrota no mais recente.
Os dois resultados na Fonte, palco do jogo de sábado, inclusive, complicaram bastante a situação do Bahia em duas edições em que o Esquadrão estava envolvido em uma disputa bem diferente da atual: pela permanência na elite.
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Por coincidência, os dois confrontos da Fonte aconteceram nas retas finais dos campeonatos. Em 2021, no primeiro turno, em Cuiabá, um empate em 1 a 1, com gol de Rodriguinho, para o Esquadrão, e Pepê, hoje no Grêmio, para o Dourado. Na volta, já era a 34ª rodada.
O Bahia, comandado por Guto Ferreira, já chegou desesperado, na 17ª colocação, com quatro pontos a menos que o 16º, Atlético Goianiense. O Cuiabá, por outro lado, fazia a primeira temporada na elite, e estava na 12ª colocação, com seis pontos a mais.
Um triunfo, portanto, reduziria a diferença entre os dois para três pontos, restando quatro rodadas. O Cuiabá, entretanto, suportou a pressão e saiu de Salvador com um ponto, após empate sem gols.
Dos jogadores que participaram daquela partida pelo lado tricolor, apenas o goleiro Danilo Fernandes ainda faz parte do elenco. Ao final, o Cuiabá ainda ganhou uma posição, enquanto o Esquadrão permaneceu na 17ª.
No primeiro turno do ano passado, aconteceu o terceiro empate, em 1 a 1, na Arena Pantanal. Deyverson, de pênalti, marcou para o Cuiabá, enquanto o zagueiro Alan Empereur fez o gol contra que deu um ponto ao Esquadrão.
Foi aí que veio o confronto mais tenso. Pela 33ª rodada, já com Rogério Ceni no comando, o Bahia vinha se recuperando, e chegava à partida na 16ª colocação, com 37 pontos, mesma pontuação do 17º, Vasco. O Cuiabá era o 12º, com 41. O jogo ficou desequilibrado após pênalti e expulsão de Camilo Cándido, e o Cuiabá venceu por 3 a 0, com gols de Deyverson, Pita e Ronald.
Com aquele resultado inesperado, o Bahia entrava na zona de rebaixamento, restando cinco rodadas, ao ser ultrapassado pelo Vasco. Naquele momento, o Esquadrão tinha 37 pontos contra 41 do Santos, que era o 13º colocado.
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Do final feliz dessa história, você deve se lembrar. O Tricolor conseguiu se salvar, terminando com 44 pontos contra 43 do Santos.
Se você achou o histórico pequeno para considerar como um tabu, podemos chamar de incômodo. E isso me lembrou uma situação da infância. O Bahia enfrentou o Bragantino pela primeira vez em 1990, mesmo ano em que o time do interior conquistou o Paulista. Nos dois primeiros jogos, pelo Brasileiro, dois empates, em 1 a 1.
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Quando, então, o Esquadrão chegou para o terceiro encontro, pela volta das quartas de final, já se falava que o Tricolor era incapaz de vencê-los. Mas aquele timaço guardou o primeiro triunfo para um momento especial.
Com a antiga Fonte lotada, um emocionante 3 a 2, com gols dos zagueiros Jorginho e Wagner Basílio e do atacante Charles, acabou com o incômodo e garantiu vaga na semifinal, entre os quatro melhores, feito que o clube tenta repetir agora, depois de 34 anos.
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