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Coluna do Tostão

Por Tostão

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina
ACERVO DA COLUNA
Publicado quarta-feira, 26 de março de 2025 às 13:56 h | Autor:

Tudo continua na mesma

Confira a coluna de Tostão*

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Dorival Jr. treinador da Seleção Brasileira
Dorival Jr. treinador da Seleção Brasileira -

Perguntei a um cruzeirense se ele tinha gostado da equipe, após treinar 30 dias, no empate por 1x1 contra o Bragantino. Ele respondeu: “Tudo na mesma”. Achei que melhorou um pouco. Gabigol, ao lado do centroavante Kaio Jorge, ficou mais livre e melhor. Se o técnico escalar Matheus Pereira, que não jogou por causa do nascimento do filho, Gabigol voltaria á posição de centroavante? O técnico Leonardo Jardim, para diminuir a expectativa exagerada dos torcedores, disse que o Cruzeiro está abaixo das principais equipes brasileiras, o que concordo.

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Outra novidade no time foi o volante Wallace, que foi contratado como um ótimo reforço e que estava na reserva depois de fazer partidas muito discretas. Ele continua o mesmo. É um volante alto, forte, lento, que desarma, dá o passe mais fácil e não avança. O futebol mudou. Os bons volantes são os que possuem muita mobilidade, que marcam, têm bom passe e chegam na frente quando surgem as chances.

Lembrei-me de Rodri, o melhor volante do mundo, que está há muito tempo sem jogar por causa de contusão e que faz muita falta ao Manchester City e á seleção da Espanha. Rodri é o elo de ligação entre a defesa e o ataque. Comanda o jogo e o time.

Dias atrás, vi outro craque da posição, Kimmich, jogando com grande esplendor pela lateral direita da Alemanha. Ele tem alternado as duas posições no Bayern de Munique e na seleção. Joga demais nas duas. Se a Alemanha tivesse dois Kimmich, seria um timaço. Nos três gols da Alemanha contra a Itália, Kimmich teve participação decisiva.

O processo de evolução, que Dorival Júnior adora dizer, precisa ser reinventado, descobrir o óbvio.

Espanha x França e Portugal x Alemanha farão as semifinais da Liga das Nações. As quatro equipes e mais a Inglaterra são as candidatas ao título do próximo mundial, junto com o Brasil e Argentina. Outras seleções europeias como Itália, Holanda e Croácia são difíceis adversarias para as melhores seleções do mundo.

Há uma tendência mundial de aproximação técnica entre as principais seleções da Europa, da América do Sul e entre as grandes da Europa e da América do Sul. Entre clubes é diferente, com uma grande superioridade europeia, pois os grandes times contratam os melhores jogadores da América do Sul e do mundo.

A Espanha, campeã da Europa e da Liga das Nações, possui o melhor meio campo do mundo, ainda mais quando tiver Rodri de volta

A Espanha, campeã da Europa e da Liga das Nações, possui o melhor meio campo do mundo, ainda mais quando tiver Rodri de volta, além de ter dois excepcionais pontas, especialmente Lamine Yamal, com apenas 17 anos. Falta á Espanha, como ao Brasil, um centroavante especial.

Há uma tendência mundial de ter times mais ofensivos, que avançam com muitos jogadores e que fazem muitos gols. O jogo fica mais prazeroso e emocionante. Por outro lado, as defesas têm sofrido mais gols que gera mais preocupação.

O jogo de futebol possui muito mais incertezas e mistérios do que sabe e imagina a nossa pretensiosa sabedoria.

Decisão

Palmeiras x Corinthians decidem o Paulistão no dia 27, dois dias depois da rodada das eliminatórias sul-americanas, onde estarão presentes vários jogadores que atuam nas duas equipes brasileiras. É o absurdo calendário. Assim como o Corinthians ganhou o primeiro jogo no campo do Palmeiras, não será surpresa se o Palmeiras for campeão. Não há favorito.

Aula de futebol coletivo

Enquanto a seleção brasileira jogou com apenas dois no meio campo, desconectados dos quatro do ataque, a Argentina tinha apenas um atacante fixo e cinco no meio campo, que recuperavam a bola rapidamente, se aproximavam, trocavam passes, envolviam o time brasileiro e chegavam ao gol. Foi uma aula de futebol coletivo. Fora o gol, resultante de uma grave falha do zagueiro argentino, a seleção brasileira não criou uma única chance de gol. O processo de evolução, que Dorival Júnior adora dizer, precisa ser reinventado, descobrir o óbvio.

*Tostão é cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970

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