Abril chama atenção para a doença de Parkinson
Confira a coluna de Olho na Saúde

Abril é o mês de conscientização Mundial da Doença de Parkinson (DP), um distúrbio neurodegenerativo progressivo, mais comum após os 60 anos, mas que também pode afetar pessoas mais jovens. Estima-se que aproximadamente 200 mil brasileiros convivam com a doença, número que pode ultrapassar 600 mil até 2030 devido ao envelhecimento populacional. Ela é a segunda doença neurodegenerativa mais predominante, depois da doença de Alzheimer.
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Conhecida pelos tremores de repouso, lentidão e rigidez muscular, a DP envolve ainda sintomas não motores, como distúrbios do sono REM, constipação, perda de olfato, ansiedade e depressão — que podem surgir alguns anos antes dos sintomas motores.
“A doença não tem cura, mas há tratamento eficaz para controle dos sintomas. A base é a administração de levodopa, mas alguns pacientes demandam outras medicações e até mesmo cirurgia para implante de eletrodos. A reabilitação com equipe multidisciplinar e acompanhamento neurológico são essenciais para manter a autonomia e qualidade de vida”, reforça o neurologista do Hospital Santa Izabel, Marcel Leal.
A doença não tem cura, mas há tratamento eficaz para controle dos sintomas.
Entre as possibilidades futuras, destacam-se terapias como a infusão subcutânea de levodopa, anticorpos monoclonais direcionados ao acúmulo de alfa-sinucleína, células-tronco e terapias genéticas para neuroproteção, conclui Leal.
Equoterapia favorece reabilitação de pacientes especiais
A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo em atividades multidisciplinares nas áreas da saúde, educação e equitação. Na Bahia, desde 1992, este tratamento vem sendo realizado através da atuação da Associação Bahiana de Equoterapia (ABAE), instituição que beneficia cerca de 132 famílias com filhos especiais (crianças e adolescentes).

Segundo Maria Cristina Guimarães, presidente da ABAE, o trabalho promove a habilitação e reabilitação de pacientes com necessidades especiais. ”É um método terapêutico recomendado para pacientes com paralisia cerebral, síndrome de Down, transtorno do espectro autista (TEA), entre outras patologias”.
Ainda segundo Guimarães, a ABAE atua em parceria com a Polícia Militar (Esquadrão de Polícia Montada de Salvador) e o Exército Brasileiro (19BC) que disponibilizam a infra-estrutura e logística e o convênio de Cooperação Técnica firmado com a Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate a Pobreza Esporte e Lazer.
PÍLULAS
Cartel de anestesistas
Uma investigação conduzida pelo Ministério Público e pela Polícia Civil do Distrito Federal (DF) buscou desmontar um suposto cartel milionário liderado por integrantes da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do DF (Coopanest). Os alvos da operação formavam uma organização criminosa articulada que utilizava a estrutura da cooperativa para controlar o acesso a hospitais e impor barreiras à atuação de médicos independentes.
Julgamento público
O caso absurdo de duas estudantes que zombaram de uma paciente transplantada no Instituto do Coração, em São Paulo, exige uma séria reflexão acerca da formação dos profissionais de saúde. Elas certamente passaram por um julgamento da opinião pública que pode comprometer a carreira. Para além do primor técnico, a empatia, o lado humano, jamais deve ser negligenciado.
Morte de recém-nascido
A Câmara Municipal de Vitória da Conquista, no Sudoeste, apura uma acusação de negligência contra o Hospital Municipal Esaú Matos, que teria resultado na morte de um recém-nascido. O bebê John Henrique nasceu vivo, mas teve óbito atestado no mesmo dia. A família acionou o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e ingressou com uma ação contra o hospital. A direção do hospital informou que faz uma investigação interna para apurar as causas do ocorrido. Lastimável!