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Colunistas
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Levi Vasconcelos
Bolsonaro vem aí, tentando abrir caminhos para ele e para Roma
Dizem aliados de Rui Costa na Assembleia, em tom de galhofa com direito aos sorrisos de opositores coligados de ACM Neto, que na Bahia Bolsonaro tem via de mão única. Ou desiste de fazer um palanque ou vai ter que se contentar com um palanquinho, pelo menos em matéria de representação política.
E parece que ele vai mesmo é com o palanquinho, que significa João Roma, candidato ao governo que não tem nem o apoio do partido que o elegeu, o Republicanos. Semana que vem, Bolsonaro estará na Bahia. Vai a Feira de Santana e também visitar as Obras Sociais de Irmã Dulce, tentando abrir caminhos para ele e para Roma, que deixa o Ministério da Cidadania este mês.
Ajuda — E não é que talvez a visita presidencial tenha cheiro de divina providência? As Obras da Santa Dulce estão devendo algo em torno de R$ 24 milhões. E se Bolsonaro quiser, bem pode providenciar a santa ajuda. Seria um bom aceno aos baianos, ressalte-se.
Quando soube da briga entre João Leão e o PT, informado que foi pelo ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), também senador licenciado e presidente nacional do PP (de Leão) idem, Bolsonaro até se animou com a expectativa de um palanque novo.
Leão disse que poderia ser candidato ao governo, caso em que seria o sonhado palanque presidencial, mas tudo indica que o caminho dele é mesmo fechar com ACM Neto. Ou seja, o presidente tem que ficar mesmo com o palanquinho.
E Jerônimo ganha força
Dizem na base governista que no momento, o mais cotado para ser o cabeça de chapa do PT é Jerônimo Rodrigues, secretário da Educação. Ele ainda tem como concorrente Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas, já que consideram Luiz Caetano, ex-prefeito de Camaçari, descartado.
Os que apostam nele dizem que vai ser como Rui Costa em 2014, ninguém conhecia, começou lá atrás e ganhou. É um discurso.
Um conselho do inimigo
Colbert Martins (MDB), prefeito de Feira de Santana, disse em entrevista ao site Acorda Cidade que o nome ideal do PT para a disputa do governo estadual é o de Jerônimo Rodrigues, secretário de Educação.
— É de Feira, é do interior, mais perto do povo.
O detalhe é que Colbert é aliado de ACM Neto. Lá em Feira se diz que ainda que Jerônimo seja feirense, o conselho parte do inimigo. E no jogo político conselho de adversário é perigo.
Ronaldo com um pé no PDT
E por falar em Feira de Santana, Zé Ronaldo, ex-prefeito que em 2018 disputou o governo pela oposição e se diz disposto a entrar na chapa majoritária de ACM Neto, almoçou em Brasília esta semana com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ao lado de Leo Prates, secretário da Saúde em Salvador e deputado estadual.
Se diz que o PDT tem uma vaga com Neto mas é do deputado federal Félix Mendonça Jr. Zé Ronaldo
Na indefinição governista MDB se aproxima de Neto
E o MDB, que já esteve com um pé no governo, embora conversando também com ACM Neto, como fica agora depois do furdunço na base governista? Com a palavra o ex-deputado Lúcio Vieira Lima:
— Estávamos conversando com os dois, mas agora só com Neto, porque no lado do governo não temos nem interlocutor.
Lúcio diz que as conversas implicam em dois aspectos, a aceitação de pontos programáticos e além da natural participação do governo, caso vença, tem o principal: arranjar candidatos a deputado federal para viabilizar a representação baiana da legenda.
O número de deputado federais é o que define a participação de cada partido no bolo financeiro. Nestes tempos sem coligação, candidato a federal virou valiosa moeda de troca.
REGISTROS
Zero voto 1
Fazendo palestra no Essent Jus Experience, em Brasília, enclave que avaliou as tendências eleitorais, Michellina Vecchio, vice-presidente nacional do PDT, disse: “Se as mulheres fazem zero voto é porque os dirigentes homens do partido plantam laranjal”. Será que é mesmo?
Zero voto 2
Uma olhada nos mapas eleitorais das eleições antes de 1996, quando valeu a obrigatoriedade de 20% dos candidatos serem mulheres, sempre teve candidatos com zero voto, homens e mulheres. Inclusive nas eleições posteriores também . A questão é mais complexa.
Bahia e Catalunha 1
A Federação das Indústrias da Bahia (Fieb) e o governo baiano, com apoio da Embaixada da Espanha no Brasil e da Câmara de Comércio Brasil-Catalunha, realizam quinta da próxima semana (8h30), no Senai Cimatec, o Encontro Empresarial sobre Oportunidades de Negócios entre Bahia e Catalunha.
Bahia e Catalunha 2
A Catalunha é tido como o motor da economia espanhola, sendo responsável por 20% do PIB espanhol. É o 10º maior destino das exportações brasileiras.
