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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos com colaboração de Marcos Vinicius

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 14 de dezembro de 2025 às 0:40 h • Atualizada em 14/12/2025 às 6:39 | Autor:

Ivana Bastos, a primeira mulher no comando da Alba, faz a diferença

Com apenas 36 deputadas na história da ALBA, Ivana Bastos fortalece diálogo com setor produtivo

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Ivana: ‘Nosso maior compromisso é
mostrar que a mulher pode muito mais’
Ivana: ‘Nosso maior compromisso é mostrar que a mulher pode muito mais’ -

No painel existente na Alba em frente ao Salão Nobre, a chamada Galeria das Deputadas, conta-se de dedo 27 mulheres, entre elas as que tiveram mandatos interinos. Somadas às nove deputadas atuais, totaliza 36.

Ou seja, nos seus 190 anos de história, ponderando que até 1989 a Assembleia Legislativa da Bahia tinha apenas 42 deputados, hoje são 63, a Bahia já teve 8.736 deputados. Botando aí os interinos, no chute, 9 mil fica de bom tamanho.

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O que espanta é o pouco número de mulheres, apenas 36. E é aí que Ivana Bastos (PSD) começa a fazer a diferença, de saída, por ser a primeira a chegar à presidência. Na sequência, por demonstrar firmeza na condução da Casa.

– Estamos rompendo barreiras. Sou a primeira mulher a comandar a Casa e sei que tenho a responsabilidade de mostrar que podemos fazer isso alinhada com os melhores exemplos que já vivenciamos aqui.

CASA POLÍTICA – Dizem que a Alba é uma casa política, comandada por políticos, para fazer políticas. E faz. Lá desagua tudo, de problemas a manifestações culturais, de todos os pontos da Bahia, religiosos de todos os matizes, católicos, evangélicos, povo de santo, sem falar em tendências políticas de todos os lados, todos devidamente acatados e respeitados.

E como Ivana faz a diferença? Simples. Primeiro, até agora, é a única a comparecer a todas as comissões da Casa, com o propósito de ampliar o leque de diálogos já existentes.

– O diálogo com o setor produtivo é fundamental. Ouvir as demandas, encaminhar soluções, mostrar que o interesse público está acima de quaisquer outros. Isso já estamos fazendo.

– O Poder Legislativo tem que ter papel preponderante nos projetos de desenvolvimento do Estado. Essa é a linha que estamos seguindo. E assim será sempre.

HOMENAGENS – Outro ponto é votar os projetos oriundos dos deputados, motivo de queixa generalizada entre colegas, algo já em andamento.

Nessa linha, ela e a diretoria da Mesa já tomaram a providência, a de limitar o número de homenagens por deputado, como a entrega de comendas e títulos de cidadania. Agora, cada deputado tem direito a duas iniciativas por ano, ou dois títulos, ou duas comendas, ou uma de cada. Mas ressalva que o desafio maior é abrir espaço para mulheres.

– Temos conseguido abrir espaços, mas ainda é muito pouco. Luto para ampliar isso. Eu, mulher, casada, mãe, tenho que mostrar exemplos de que podemos seguir com decência e dignidade.

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Fabíola e Olívia, as vítimas do radicalismo do bolsonarismo

Atribuem a Caetano Veloso a frase: ‘Detesto radicalismos. E para não dizer que não sou radical em nada, sou radicalmente contra os radicais’.

Pois o radicalismo, que espouca também no futebol e na religião, na política parece ter virado moda com Jair Bolsonaro e cia à frente.

Esta semana, as deputadas Fabíola Mansur (PSB) e Olívia Santana (PCdoB) postaram vídeo nas redes celebrando uma decisão judicial que indiciou um bolsonarista por ter postado nas redes do deputado Diego Castro (PL) uma fala na qual elas são chamadas de prostitutas, comunistas do dinheiro público.

O fato aconteceu há algum tempo, mas coincidiu que na quinta passada, quando elas terminavam a Campanha de Ativismo contra a Violência contra a Mulher, foram informadas de que a PF localizou e indiciou o autor.

Fala Olívia:

– Isso não é uma questão contra nós, é contra as mulheres. Nós mulheres não podemos ser intimidadas e nem difamadas.

Fala Fabíola Mansur:

– Para além de todos os tipos de violência, temos agora também a violência digital. Estamos na luta contra isso também. Por isso aqui na Alba temos a Procuradoria da Mulher, com doutora Jordana. Se precisar, nos procure.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Sabedoria

Amigo de Newton Macedo Campos, ex-deputado, cassado em 1964 pela ditadura militar, e também do jornalista Nilson de Oliva César, o Pixoxó, irmão da atriz Nilda Spencer, Sebastião Nery viveu os seus tempos de juventude como seminarista em Salvador.

Conta ele que lá um dia Pixoxó, estudante, resolveu se matricular no Colégio da Bahia, no início do 2º grau. Na estreia, a professora leu um trecho de Os Lusíadas:

– “As armas e os barões assinalados, que da ocidental praia lusitana, por mares nunca antes navegados, passaram muito além da Taprobana”.

Virou para o primeiro da fila, perguntou:

– Você aí. Onde fica Taprobana?

– Não sei, professora.

E para o outro:

– E você, onde fica?

– Também não sei.

E para Pixoxó:

– E você, onde fica?

– Sei não.

E a professora:

– Vocês dois aí deviam tomar vergonha! O menino está chegando agora e já sabe que é no Ceilão!

*Colaborou Marcos Vinicius

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