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Papo Pet

Por HIlcélia Falcão

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ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 05 de outubro de 2025 às 6:34 h • Atualizada em 05/10/2025 às 7:19 | Autor:

Câncer de mama em gatas e cadelas é tratável e tem remissão

Campanha oferece atendimento para diagnóstico de cadelas e gatas no próximo dia 18, na Ufba

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Faz tempo que câncer de mama deixou de ser o fim da linha para cadelas e gatas
Faz tempo que câncer de mama deixou de ser o fim da linha para cadelas e gatas -

Faz tempo que câncer de mama deixou de ser o fim da linha para cadelas e gatas. Sim, elas também são afetadas pela doença e têm no Outubro Rosa Pet os meios de prevenção.

Graças a esta campanha, que este ano colore o Hospital de Medicina Veterinária (Hospmev) da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Ondina, pela 12ª vez no dia 18, das 8h às 12h, que as tutoras das personagens desta matéria tiveram a esperança restaurada após o diagnóstico do tumor em suas pets. O atendimento é por ordem de chegada.

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A gatinha Snow e as cachorrinhas Olívia, Luz, Nutela e Bombom foram diagnosticadas e tratadas pela equipe multidisciplinar do Projeto Mama, núcleo de pesquisa em neoplasias mamárias do Hospmev, coordenado pela professora Alessandra Estrela.

“São 18 anos dedicados ao atendimento oncológico especializado, diagnóstico e tratamento de centenas de animais”, explica Estrela.

Snow, 10 anos, foi diagnosticada em 2021, fez mastectomia, seis ciclos de quimioterapia e hoje faz acompanhamento com terapias integrativas, como ozonioterapia, acupuntura e uso de canabidiol.

“Eu não fazia ideia que gatas e cadelas poderiam ser acometidas por esta doença até vivenciar isso com minha filha”, conta a psicóloga Rebecca Cristina Caldas Machado, 28 anos, que destaca a importância da campanha.

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Outra beneficiada pela campanha, a poodle Olívia, 16 anos, fez a cirurgia em idade avançada, em 2022, tratou e hoje está bem. “Ela reagiu muito bem, não precisou fazer quimio e se recuperou muito bem”, conta a tutora Sheyla Majzoub, 56 anos.

Outro aspecto da doença, a dor, tem em terapias integrativas uma alternativa de controle. “Os efeitos analgésicos, antiinflamatórios, ansiolíticos e antitumorais (da medicina canábica) reverberam de forma positiva na qualidade de vida desses pacientes”, diz a veterinária Ana Gabriela Lima, que pesquisa o tema no Mama.

Toque amigo

A shitzu Bombom, 11 anos, foi tratada graças ao Toque Amigo, palpação das mamas feita pela tutora dela, a administradora Sabrina Guanais, 46 anos. “Notei uma massa perto da mama e em junho procurei o Hospmev”, conta ela que se sentiu acolhida. Bombom está bem.

Já a Lasha Apso Nutella, 7 anos, teve o diagnóstico de câncer confirmado após a tutora observar um nódulo numa mama. Nutella fez mastectomia, quimioterapia e segue em tratamento.

“Inicialmente foi um choque saber da necessidade de tratamento quimioterápico mas, após a primeira sessão, fiquei aliviada”, conta Letícia Barros, enfermeira.

Luz e esperança

O diagnóstico de Luz, uma SRD de 13 anos, deixou sem chão a tutora dela, a psicóloga Marília Fernanda Sousa Cardoso, 60 anos.

“Eu percebi pontinhos perto das mamas, soube do projeto Mama, fui lá e fui muito bem acolhida”, diz. O impacto foi grande porque Marília havia tido um familiar com a mesma doença. Graças ao projeto, foi acolhida, Luz fez duas cirurgias, não precisou de quimioterapia, segue o tratamento a um valor acessível e hoje está bem. ”Agradeço a Deus e toda a equipe do Projeto Mama”, diz.

Em todos os casos, o projeto do Hospmev foi fundamental. “A eficácia das terapias oncológicas em pets depende do diagnóstico precoce, do tipo de tumor e das condições do animal”, explica a professora Alessandra Estrela.

Segundo o médico veterinário Vitor de Moraes, pesquisador do Mama, estudos indicam haver similaridade significativa entre cadelas e mulheres com câncer de mama. “Fatores nutricionais têm influência na carcinogenese tanto em humanos quanto em cães e gatas”, conclui.

Artigo

Pesquisadores da UFBA estudam ozonioterapia em cadelas com câncer de mama e mostram melhora na qualidade de vida

Viviane Abreu - Médica veterinária

Um grupo de cientistas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) publicou um estudo inovador sobre o uso da ozonioterapia em cadelas com tumores de mama — uma doença muito comum nas fêmeas não castradas. A pesquisa feita em Salvador, mostrou que a técnica pode contribuir nos cuidados desses animais.

O tratamento, chamado de auto-hemoterapia ozonizada, consiste em combinar uma pequena quantidade de sangue do próprio animal, misturá-lo a uma solução de oxigênio e ozônio e reaplicá-lo por via intramuscular no paciente. Essa prática, já estudada em humanos e em outras doenças, foi aplicada antes e após a cirurgia de retirada das mamas.

O que os cientistas descobriram

  • As cadelas que receberam a ozonioterapia tiveram melhora progressiva na qualidade de vida, com mais disposição, apetite e interação com os tutores.
  • Houve aumento da capacidade antioxidante, que ajuda o organismo a se proteger contra os efeitos nocivos do estresse oxidativo (processo ligado ao avanço do câncer).
  • As pacientes também apresentaram melhora nas funções do fígado e dos rins, órgãos muito afetados pelo estresse causado tanto pelo tumor quanto pela cirurgia.
  • Além disso, ajudou na redução de marcadores de inflamação e de danos celulares.

Por que isso importa:

O câncer de mama em cadelas é um problema sério: pode causar metástases, comprometer órgãos vitais e levar o animal à morte. O tratamento padrão ainda é a cirurgia, às vezes combinada com quimioterapia.

Mas, segundo os pesquisadores, incluir a ozonioterapia pode ajudar a reduzir efeitos colaterais, acelerar a recuperação e dar mais qualidade de vida às pacientes.

Segurança e menos medicamentos

Um dos destaques do estudo é que a técnica é considerada segura e com poucos efeitos colaterais, podendo ser usada em clínicas veterinárias como complemento ao tratamento convencional e pode reduzir a necessidade de muitos medicamentos.

Repercussão

A pesquisadora do estudo, a médica veterinária Viviane Abreu (Fluir Veterinária Integrativa), explica que os resultados reforçam a importância de buscar terapias integrativas e acessíveis.

“A ozonioterapia não substitui a cirurgia nem a quimioterapia, mas se mostrou uma grande aliada para melhorar o bem-estar das cadelas doentes”, destacou.

Em resumo: a Universidade Federal da Bahia (UFBA) mostra que a ozonioterapia pode ser um reforço promissor contra o câncer de mama em cadelas, trazendo benefícios reais para os animais e seus tutores.

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