A Tão esperada janela
Confira a coluna do jornalista Angelo Paz
Uma das principais pautas do futebol, sem dúvidas, são as contratações. Pois bem, chegou mais um momento em que esta temática ocupará com muita força o ambiente do futebol brasileiro, que já ferve com a abertura da segunda janela de transferências da temporada. Embora os clubes tenham até o dia 02 de setembro para inscrever novos atletas, o mercado vive o seu momento de boom. Aos clubes com carências mais evidentes, como é o caso do Vitória, o período é visto como um incremento emergencial a ser feito no elenco.
Mas nem adianta o torcedor rubro-negro se empolgar demais, pois o clube já adiantou que não fará grandes investimentos para o restante do Brasileiro. A meta da diretoria é, sobretudo, trazer atletas de nível similar ao dos jogadores que têm atuado como titulares, permitindo assim que Thiago Carpini possa rodar o elenco. Em meio a muitas especulações, o Leão acertou a contratação do volante Ricardo Ryller, que estava no futebol saudita. Sem maiores referências sobre o potencial do jogador, a torcida aguarda a presença de Ryller nos jogos para avaliar a primeira investida rubro-negra da nova janela.
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Com a intenção de trazer mais quatro jogadores, sendo um centroavante, dois zagueiros e mais um atacante de beirada, o Vitória tem se movimentado no mercado. Conforme Carpini adiantou no início da semana, o Leão formalizou proposta para três jogadores (todos eles com o seu aval) e aguarda retorno. Enquanto cobra um desfecho rápido em relação as investidas, Carpini vai buscando escalar uma equipe competitiva diante das limitações do grupo.
Outra grande preocupação do clube, que investiu R$ 14,7 milhões na primeira janela e contratou 24 jogadores, é minimizar os erros, algo sempre bem complexo no futebol. Quando se contrata em atacado, como fez o Vitória no início do ano, a possibilidade de erro aumenta ainda mais. É o que aconteceu. Dos 24 contratados, cinco já deixaram o clube: Luiz Adriano, Luan, Zapata, Caio Dantas e Maycon Leite. A reestruturação do elenco ainda passou pela saída de atletas que até o título Baiano estavam nos planos, como o lateral Zeca e o atacante Matheus Gonçalves.
A repaginada no plantel também passa pela implementação de algumas ideias previstas por Carpini. A primeira delas é passar a utilizar Janderson como centroavante, opção que não conseguiu colocar em prática com frequência até então em virtude da ausência de jogadores de beirada. Não custa reforçar que Osvaldo e Yuri Castilho se recuperam de lesão. Além disso, o treinador planeja utilizar o atacante Everaldo como uma espécie de reforço da janela. Recuperado de uma lesão muscular que o afastou dos gramados ainda no Estadual, o atacante voltou a entrar em campo no último domingo, contra o Criciúma.
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Para finalizar a reestruturação do elenco, foram incorporados três jogadores do clube que estavam emprestados ao Itabuna para a disputa da Série D: os atacantes Lawan e Luís Miguel, e o volante José Breno. Assim como me referi em relação ao volante Ryller, os rubro-negros aguardam para ver como estes atletas vão desempenhar em campo. Quem vier a chegar e jogar terá que se encaixar na filosofia de Carpini, que valoriza a dedicação coletiva. Foi graças a ela que Alerrandro se manteve na equipe mesmo após um jejum de 16 jogos. E de tanto se doar o camisa nove voltou a viver um bom momento pelo Vitória.
Além do elenco, o Vitória também ajustou o discurso, agora alinhado as limitações que tem. Se o papo no início do ano era a briga pela Sul-americana, o momento é de calçar a sandália da humildade e externar o compromisso pela permanência na Série A. Carpini até já deixou escapar que internamente mantém ambições maiores em conversa com os jogadores, mas não abre mão de ressaltar a permanência ao se comunicar com o torcedor e imprensa. Faz bem, pois o Vitória tem um dos orçamentos mais enxutos da elite. Logo, viver a realidade é manter uma relação sincera com o torcedor, que mais uma vez vem sendo um combustível extra para suprir as limitações técnicas da equipe.