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25/07/2024 às 15:30 - há XX semanas | Autor: Edvaldo Sales

RETOMADA

Festival Emoções: conheça história do evento que preza pela inclusão

Evento que ocorre nos dias 6 e 7 de agosto marca a retomada do evento em prol do Instituto de Cegos da Bahia

Festival Emoções acontece desde de 1991
Festival Emoções acontece desde de 1991 -

Entre os dias 6 e 7 de agosto, o Teatro Sesc Casa do Comércio, em Salvador, vai receber o Festival Emoções 2024. Reunindo 15 escolas e grupos de dança da Bahia, a festa marca o retorno de um importante evento em prol do Instituto de Cegos da Bahia (ICB). Realizado desde 1991, o projeto, apoiado pelo Grupo A TARDE, tem favorecido o desenvolvimento artístico do campo da dança e colaborado com a instituição ao longo de três décadas.

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Diretora da Escola de Dança, Arte e Cultura Galega e Espanhola (EDACE), que vai participar do evento, Tina Leiro é também fundadora do Festival Emoções. Ela contou em entrevista ao Portal A TARDE que o espetáculo foi criado diante da necessidade de o instituto pagar o décimo terceiro dos funcionários.

A ideia inicial era criar um jantar dançante no Clube Espanhol, no bairro de Ondina, com uma apresentação da EDACE, o que se mostrou inviável devido aos gastos. Diante disso, Tina sugeriu à conselheira da entidade da época a pedir ao Governo do Estado o Teatro Castro Alves (TCA) para realizar um evento, que se tornou o Festival Emoções, chamado no início somente de Emoções.

“A gente conseguiu a gratuidade da pauta para um dia de semana”, disse. Depois disso, outras escolas aceitaram se apresentar. Os ingressos eram vendidos antecipadamente e todo o dinheiro ia para o instituto. “A gente juntava cinco a seis escolas e fazíamos o festival. Por 16 anos, a gente teve essa tranquilidade, mas houve uma mudança na diretoria do TCA e a gratuidade da taxa caiu”, relembrou.

Com isso, o grupo passou a pagar uma taxa. “A gente começou a fazer borderô [documento representativo das mais diversas negociações feitas por uma empresa] e tirava o valor do teatro [...] Eu já briguei muito [para deixar o preço mais barato]. Essa taxa era 3 mil reais e eu consegui que fosse mil, depois virou 6 mil e eu consegui que fosse 3 mil. Mas o próprio instituto não conseguiu mais derrubar essa taxa. Nos últimos anos, já eram 6 mil”, contou.

Impacto da pandemia

Com a pandemia de Covid-19, diversas escolas de dança de Salvador foram bastante afetadas e algumas delas chegaram a fechar as portas. O Festival Emoções também passou por uma fase difícil no mesmo período e chegou a ser suspenso por três anos.

“No primeiro ano de pandemia, nós fomos para o Teatro Módulo e fizemos uma edição virtual. Pegamos o que a gente tinha feito no ano anterior e colocamos na tela. Isso foi em 2020. Em 2021, nós não fizemos nada. E eu sempre querendo. Em 2022, quase retornamos, mas não conseguimos porque o desafio de vender a plateia do Castro Alves era muito grande. E em 2023, eu fui conversar com o Instituto dos Cegos e propus que a gente retornasse com o Emoções em um novo formato”, continuou.

A diretora da EDACE seguiu: “E aí eu perguntei para a minha amiga Fátima Suarez, da Escola Contemporânea de Dança, se ela topava fazer isso de forma doada pela escola e profissional pela Mantra Produções e a gente fazer uma coisa nova, repensar tudo. E para ser justo com todos, o Mantra fez um convite por e-mail para as escolas mais conhecidas e todas aceitaram”.

Tina Leiro é diretora da Escola de Dança, Arte e Cultura Galega e Espanhola (EDACE)
Tina Leiro é diretora da Escola de Dança, Arte e Cultura Galega e Espanhola (EDACE) | Foto: Denisse Salazar | Ag. A TARDE

Como não tinha mais o TCA para realizar a apresentação, elas pensaram no Teatro Sesc Casa do Comércio. “O instituto procurou o Sesc e pediu a pauta. [...] Depois disso, neste ano, a gente vai conseguir realizar o Emoções, que tem esse nome por causa da música de Roberto Carlos”, revelou.

No espetáculo, a gente sempre procura levar crianças cegas, pessoas que o instituto ajuda, para assistir. Mas ainda quando não havia a audiodescrição, que esse ano vai ter, eles sempre iam cantar para abrir o espetáculo.

Tina Leiro - fundadora do Festival Emoções

Inclusão

A inclusão é uma das prioridades do Festival Emoções. Segundo Fátima Suarez, diretora geral da Escola Contemporânea de Dança e da Mantra Produções, a ideia é conseguir fazer um festival acessível, que agregue cada vez mais escolas, que seja cada vez maior, e ajude cada vez mais o Instituto dos Cegos.

A Mantra Produções assumiu a produção da edição deste ano a convite de escolas que realizaram o projeto ao longo da sua história. “Essa vai ser a nossa primeira edição. Estou bem nervosa. Eu espero que a gente possa assumir esse papel pelos próximos anos também. Como é o primeiro, a gente está contando muito com o apoio dos parceiros. A gente quer ter mais patrocínio, mais material e transformar isso em um projeto maior e que abrigue mais pessoas. E que a gente possa colaborar mais ainda”, disse ao Portal A TARDE.

Fazer um trabalho acessível é uma ideia que a gente tem que divulgar. Meus trabalhos todos já têm sido nessa linha. Eu não consigo mais fazer um projeto que não tenha audiodescrição, que não tenha libras e não dê acesso ao cadeirante.

Fátima Suarez - diretora geral da Escola Contemporânea de Dança
Fátima Suarez, diretora geral da Escola Contemporânea de Dança e da Mantra Produções
Fátima Suarez, diretora geral da Escola Contemporânea de Dança e da Mantra Produções | Foto: Denisse Salazar | Ag. A TARDE

É importante pontuar que essa será a primeira vez que o Festival Emoções vai contar com audiodescrição. O espetáculo vai ser aberto com um grupo de cinco crianças cegas cantando ‘Tempo de Alegria’, de Ivete Sangalo. Depois, 20 pessoas com baixa visão ou totalmente cegas assistindo o espetáculo com audiodescrição.

“Alguns deles vão assistir a um espetáculo pela primeira vez. [...] O mais bacana vai ser mostrar que eles têm esse direito. [...] Não é porque no passado as pessoas não se preocupavam, ao contrário. Não existia a técnica, a disponibilidade e as pessoas para fazerem isso”, revelou.

Programação

Com o tema ‘Existem Muitas Formas de Ver o Mundo’, apresentam-se nos dois dias de festival os grupos Ateliê da Dança, BBT Art Academy, Ballet Helena Palma, Cia. de Jazz Viviane Lopes, Ebateca, Escola de Dança, Arte e Cultura Galega e Espanhola (EDACE), Escola Contemporânea de Dança, InSalto Cia. de Dança, Lu Pitanga Zumba, Mandala Núcleo de Dança Adulto, Projeto Dança Criança, Studio A, Studio de Ballet Ana Campello, Cia. On Broadway e a Cia. de Dança Juvenil Salesiano do Salvador.

O evento filantrópico terá toda a sua renda revertida para o Instituto de Cegos da Bahia. Sua atuação abrange diversos aspectos da vida desses indivíduos, desde a educação e o aprendizado até a capacitação profissional e a inclusão social.

Ao longo dos anos, o instituto construiu uma sólida reputação como uma instituição comprometida com a valorização de pessoas com deficiência visual, proporcionando-lhes uma jornada de superação e conquistas, tendo como missão ser um agente transformador na sociedade, promovendo a inclusão e o respeito à diversidade.

O Festival Emoções é uma realização da Mantra Produções, conta com patrocínio da AXXO Construtora e apoio da Fecomércio-BA, Morya Comunicação, Adarte Acessibilidade e Grupo A TARDE.

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