CULTURA
Na Flica, Raphael Montes opina sobre livros que viram filmes e séries
Escritor de oito livros participou da mesa Meu Livro dá um Filme no espaço Geração Flica
Por Da Redação

Destaque da 12ª edição da Feira Literária Internacional de Cachoeira (Flica), o escritor de oito livros e roteirista da série Bom Dia, Verônica, da Netflix, Raphael Montes, falou a respeito da adaptação de livros para filmes ou séries.
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O escritor declarou que essa é uma das leituras possíveis da história original e que é necessário agregar novos elementos que não estão no livro para transmitir a essência da história para as telas devido às diferenças entres os formatos.
“Às vezes tem uma frase que eu adoro, que é adaptar é trair por amor. Quando você vai adaptar alguma coisa para o visual, você tem que trair aquela obra original, porque você gosta dela, então o exercício quase sempre é: o que nessa história me faz querer contá-la, qual é a essência disso aqui? Por ser um livro de sucesso, o que as pessoas que leem essa história amam? Essas coisas que as pessoas amam têm que levar para a tela”, afirmou.
Na mesa Meu Livro dá um Filme, no espaço Geração Flica, Montes declarou que recorrer a outras perspectivas dá a oportunidade de contar a mesma história do livro.
Ele falou, por exemplo, da personagem Verônica do livro para a série da Netflix. “Quando eu vim adaptar, eu pensei: se eu fizer a Verônica do livro para a série, as pessoas vão desligar. Eu tenho que fazer uma Verônica mais heróica. A Verônica do livro é muito anti-heroica, errada e torta, e, é claro, muito mais interessante. Eu acho mais interessante a do livro, mas a da série é mais heroica, mais tradicional, e, ao longo da série, vira a Verônica do livro”.
Ao revelar que gosta de ver suas histórias adaptadas, Raphael garantiu que vê com naturalidade as mudanças. “Eu lido muito melhor do que a maioria das pessoas com a ideia de ter minha obra adaptada, no sentido de que, para mim, o livro é o único que tem uma coisa mágica que é só da literatura, porque, no livro, cada um de vocês junto comigo contam essa história, vocês imaginam essa história. Então, vocês que dão uma cara de personagem, vocês que me ajudam a apontar como é”, afirmou.
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