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FEIRA

Cafés e queijos: Marcas apostam em diversidades no Bahia Origem Week

Evento segue até o domingo, 6, em Salvador

Por Carla Melo

05/04/2025 - 21:19 h
Bahia Origem Week
Bahia Origem Week -

Dos cafés gourmet, doce de leite de cabra de café, pavê de pimenta aos queijos recheados com carne seca, a Bahia Origem Week tornou-se vitrine das mais variadas marcas baianas, frutos de pequenos produtores agrícolas espalhados pelo estado.

No penúltimo dia do evento, que começou no dia 3 de abril e segue até este domingo, 6, no Centro de Convenções, há espaço para todos os tipos de idades e gostos. Há desde alimentação à vestimenta, que fazem a alegria de quem quer apostar na diversidade.

Há 12 anos, Maria de Fátima, 63, aproveitou todos os recursos naturais existentes em sua fazenda em Iguaí, e decidiu criar a "Delícias da Nina". Desde então, ela, com ajuda do seu esposo, produzem mais 40 produtos diferentes, desde geleias, doces, queijos, cachaças e antepastos. o caro chefe é o pesto, que arranca o favoritismo de quem passa no stand.

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"Nós temos hoje mais de 40 diferentes produtos, mas que um vai agregando o outro. Eu estou por trás de tudo isso. Nas horas vagas, no domingo, eu cato acerola, eu cato jabuticaba, eu vou pegar o manjericão, eu pego o manjericão, então, assim, por trás, lógico que eu tenho uma equipe que eu conto com ela, mas eu sou aquela pessoa que tudo eu quero estar metendo a mão eu estou metendo a mão.

Hoje com 63 anos, a empreendedora se vê realizada em ver seus produtos sendo exibidos e apreciados por milhares de pessoas que passam no Bahia Origem Week.

"É muito gratificante. Inclusive, hoje, eu vou estar em uma palestra falando do que é empreender depois dos 50 anos. Que é o meu lado profissional. Baseado em outro segmento que não tinha absolutamente nada a ver. Então eu reiniciei a minha história, comecei uma nova história aos 52 anos. E assim, é muito paixão, é muito amor que eu imprimo em tudo isso. Eu acho que todo mundo acaba percebendo um pouquinho disso", continuou ela.

Quem também viu o sonho se tornar realidade foi Juçara Tanajura. Ela viu a mãe fazer licor de laranja , com ensinamentos da avó, que era portuguesa. Desde o final de 2023, é Juçara quem comanda os negócios matriarca.

"Minha mãe teve uma educação portuguesa, então é uma pessoa com muitas habilidades. Temos uma fazenda próximo à Vitória da Conquista, no distrito de Lucaia, que é município de Planalto, e lá tem muita laranja. Minha mãe morou com meu pai muitos anos lá, cuidando da fazenda. Então, ela desenvolveu essa receita do licor de laranja, que é semelhante ao que é produzido pela Cointreau. Ela fazia só pra família, pros filhos, pros sobrinhos e alguns amigos. Depois eu fui incentivada a assumir a produção e, então, eu comecei a divulgar, criei uma marca, criei uma empresa, uma microempresa individual e comecei a divulgar, participar de feiras e cheguei até aqui", explica Juçara.

O licor precisa de ao menos 40 dias para ser produzido, e junto com o processo de envasamento, o licor fica pronto em 10 dias. São 40 dias no total.

"É um licor gourmet, que é produzido litro a litro com laranjas orgânicas especiais, com álcool de cereais com açúcar refinado. Todo o processo de maceração demora 30 dias e, mais, até o envasamento, nós temos dez dias, então, a produção. Mesmo, de cada lote, em torno de 40 dias. Somente eu estou por trás da produção. Sou engenheira civil, aposentada, faço um trabalho institucional pelo sindicato da produção, mas nas minhas horas vagas, uma vez por semana, com a ajuda de uma pessoa que me ajuda a coar o licor e a invasar", disse a empresária.

Conhecida por diversas premiações, a Morrinhos também é uma marca baiana, diretamente da Caatinga. Idealizada pelos irmãos Lívio e Caio Mascarenhas, a empresa é responsável pela produção de seis sabores de iogurte, totalmente natural.

Imagem ilustrativa da imagem Cafés e queijos: Marcas apostam em diversidades no Bahia Origem Week
| Foto: José Simões/Ag A TARDE

"Nosso empreendimento surgiu em função da demanda da pandemia. A gente produzia leite, e era comercializado, passado para o Laticínios. No lockdown, a gente precisou processar o nosso leite, transformado em queijo, iogurtes e doce. De lá para cá a gente veio crescendo, numa escala tão rápida que a gente não imaginava que a gente chegaria num momento como esse. Uma empresa familiar, a gente trabalha com leite próprio, e processa apenas 80 litros de leite por dia, mas com um propósito não de volume, e sim de qualidade, de agregar valor ao produto, buscando a valorização dos produtos nativos da Caatinga", explica Lívio.

Na semana, são processados em média 250 a 300 litros de iogurte, chegando a uma média de 1200 a 1300 litros de iogurts no mês. Localizados em Tanquinho, próxima Feira de Santana, os irmãos trabalham com entrega também em Salvador.

"Hoje, através desses eventos, a gente tem conseguido se aproximar cada vez mais do nosso mercado consumidor e isso tem sido um grande avanço dentro desse propósito. A gente entrega em domicílios. Toda semana a gente faz entrega aqui em Salvador e em Feira de Santana", continuou ele.

Pavê de pimenta para crianças de 6 meses? É o que promete e produz Flávio Cajazeiras. Pimentas de vários tipos e diversos níveis de ardência.

"Eu tenho uma propriedade rural em Mata de São João e outra em Santa Terezinha. Quando cheguei em Mata, tinha um monte de pés de pimenta malagueta debaixo das bananeiras. Eu pensei: se eu nunca plantei um pé de pimenta e tá com essa produção, eu vou plantar agora. Vou começar a estudar sobre pimenta. Existe uma tabela internacional de ardência de todas as pimentas do mundo inteiro, então tem um valor de quanto ela arde. Essa escala chama-se Scoville e comecei a plantar as pimentas e fiz o patê", disse o empreendedor.

“Verificamos que no mercado não tem patê de pimenta. Daí passamos a estudar, e a fazer o patê e a procurarmos as pimentas para fazer. Nosso produto não leva água para manter o sabor da pimenta e o nível de ardência da pimenta. Além dos conservantes naturais para manter o sabor”, continuou ele.

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