MUNDO
Invasão de Pix na economia de Portugal assusta os EUA
Sistema de pagamentos instantâneos já é aceito também em outros países
Por Azure Araujo

O sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, o Pix, começou a chegar em outros países como na Europa. É o caso de Portugal, que passou a adotar o sistema em redes de varejo e já aparece como alternativa consolidada em compras de supermercado.
A novidade foi confirmada após acordo entre o Braza Bank, no Brasil, e a Unicre, operadora de terminais de pagamento no varejo português, a operação já acontece desde de janeiro no país europeu.
Expansão
Uma das maiores empresas de Portugal, a rede Continente, passou a aceitar o Pix em 18 lojas localizadas em Lisboa, Oeiras e Cascais. A medida sucede testes conduzidos em Braga, cidade que concentra cerca de 20 mil brasileiros.
O plano da empresa é estender a aceitação para todas as unidades no território português. De acordo com dados oficiais, a escolha do país está ligada à alta concentração de brasileiros residentes no país.
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A estimativa é que tenha mais de 550 mil pessoas, sendo aproximadamente 350 mil apenas na região de Lisboa. O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, destacou ainda relevância desse público para a atividade comercial local.

Em nota a empresa portuguesa afirmou:
"A intensa imigração vinda do Brasil na última década, aliada aos mais de um milhão de brasileiros que visitam o nosso país anualmente, levou a UNICRE a estabelecer uma parceria com o Braza Bank, o maior banco cambial do Brasil. O objetivo é massificar o uso do PIX em Portugal, facilitando as transações tanto para residentes como para turistas brasileiros"
Funcionamento e custos
Na operação no exterior, o Pix permite que brasileiros paguem diretamente em reais, com conversão automática para a moeda local. O valor da operação é exibido em reais e euros no momento da compra.
Para o lojista, há incidência de taxa operacional em torno de 3%, além de cobrança de IOF e exposição à variação cambial, enquanto os cartões costumam passar pelo dólar antes de chegar à moeda final.
Além disso, o consumidor conhece o valor exato no instante da compra, o que evita ajustes posteriores na fatura.
Para usar a tecnologia, é necessário:
- Ter conta bancária no Brasil;
- Pagar em real, já com a taxa de câmbio e o imposto (0,38% de IOF) incluídos.
Pix em outros países
Segundo dados do Banco Central, o Pix já é aceito também em outros mercados:
- Estados Unidos (Miami);
- França;
- Chile;
- Argentina;
- Uruguai;
- Espanha;
- Paraguai
A operação acontece por meio de parcerias com empresas de tecnologia de pagamentos.

Limitações
Apesar da expansão, a utilização do Pix fora do Brasil está restrita a pagamentos em estabelecimentos comerciais. Já transferências internacionais entre contas bancárias ainda não estão disponíveis.
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