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SANÇÃO

Nordeste corre risco de perder R$ 16 bilhões por ano com tarifa de Trump

Somente a Bahia, no ano passado, exportou US$ 882 milhões para os EUA, com destaque para o setor agropecuário

Por Miriam Hermes

11/07/2025 - 7:00 h | Atualizada em 11/07/2025 - 10:38
Estado  vendeu para os EUA 
US$ 440 mi, no   primeiro semestre
Estado vendeu para os EUA US$ 440 mi, no primeiro semestre -

O setor agropecuário baiano e brasileiro ainda repercute o anúncio de taxação de 50% pelos Estados Unidos da América (UEA) em todos produtos exportados pelo Brasil àquele país. Na Bahia, o impacto principal será sobre a carne, café e laranja e a expectativa é que haja consenso entre os países para que esta taxa não venha a vigorar de fato.

De acordo com levantamento realizado pela Coordenação de Estudos, Pesquisas, Tecnologia e Inovação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a região poderá perder R$ 16 bilhões por ano se a tarifa anunciada for mantida.

Conforme o estudo, a Bahia, Ceará e Maranhão serão os mais impactados, pois juntos representam 84,1% do total exportado aos EUA. Nos seis primeiros meses do ano em curso o Nordeste somou R$ 8,7 bilhões em exportações. Em 2024 os três estados mais Pernambuco somaram cerca de R$ 14 bilhões em exportações para os americanos.

Dados elaborados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (MIDS), indicam que no ano passado a Bahia exportou US$ 882 milhões para os EUA, sendo que do setor agropecuário se destacaram as frutas, café e peixes.

Com este resultado a Bahia ficou em oitavo lugar no ranking dos estados exportadores para os estadunidenses em 2024. O mesmo levantamento indica que no primeiro semestre de 2025 o estado já exportou para os norte-americanos US$ 440 milhões, com destaque para o cacau e café entre a produção agropecuária.

“Recebemos com apreensão essa falta de sintonia política e econômica, interferindo na relação entre os dois países”, afirmou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, acrescentando que os reflexos podem recair sobre diferentes setores.

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Ele ressaltou que os principais produtos agropecuários exportados pela Bahia para os EUA são carne, café, açúcar, laranja e o suco da fruta, dentre outros. “Esperamos o bom senso dos dois governos”, disse, acrescentando que os representantes políticos devem sentar na mesa com diplomacia e resolver as pendências com tranquilidade.

“Não só os produtores brasileiros, mas também os americanos serão atingidos”, salientou, reclamando que a taxa de 50% sobre as demais taxações vai tirar toda competitividade da produção brasileira perante produtos semelhantes de países sem a sobretaxa.

Produção do oeste

Na Bahia, o oeste se destaca pelos números de produção agrícola de commodities como soja, algodão e milho, principais culturas de exportação destinadas principalmente para indústrias da Asia. Na safra 2024/25 a região somou 2.873.121 hectares plantados, chegando a uma produção de 11.816.109 toneladas de grãos e fibras.

Apesar dos números que ajudam a balança comercial baiana, entidades como a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) não se posicionaram oficialmente ontem sobre o anúncio do presidente norte-americano.

Ambas representam a maioria dos grandes produtores da região, que exportam para a Ásia, Europa e outros destinos, sendo concorrentes dos agricultores norte-americanos no mercado mundial.

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Agropecuário brasil estados unidos Tarifa de Trump trump

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