ECONOMIA
Nova isenção do Imposto de Renda: entenda o que muda em 2026
Projeto que amplia a faixa de isenção foi aprovado e será sancionado pelo presidente da República

Por Victoria Isabel

O Senado aprovou o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) e reduz o valor cobrado de quem tem rendimentos médios. O texto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deve entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026.
Quem será isento e como fica a nova tabela
Pela proposta, quem ganha até R$ 5 mil por mês ficará isento do IR, enquanto os contribuintes com renda entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 terão redução no imposto pago.
Não há mudanças para quem ganha acima desse valor, e a tabela geral do IR não sofrerá reajuste, na prática, serão aplicadas duas tabelas diferentes, uma para rendas de até R$ 7.350 e outra para rendas superiores.
Como é a isenção atualmente
Atualmente, a isenção vale para rendas de até R$ 2.428,80, mas, com o desconto simplificado de R$ 607,20, ficam livres do imposto quem ganha até R$ 3.036 mensais, o equivalente a dois salários mínimos. Essa faixa foi ajustada em maio, cumprindo promessa do governo federal.
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Quem será beneficiado e quanto o governo deve perder
As novas regras devem beneficiar cerca de 16 milhões de brasileiros, entre trabalhadores formais e autônomos, e gerar um impacto de R$ 31,2 bilhões na arrecadação da União em 2026.
Para compensar a perda de receita, o governo criará um imposto mínimo sobre altas rendas e passará a tributar remessas e dividendos enviados ao exterior. As duas medidas devem gerar R$ 34,1 bilhões em arrecadação.
Como será o imposto para altas rendas
O novo imposto incidirá sobre rendas acima de R$ 50 mil por mês ou R$ 600 mil por ano, com alíquotas progressivas de até 10%. A cobrança afetará cerca de 141 mil contribuintes de alta renda.
O cálculo levará em conta todos os rendimentos da pessoa física, incluindo lucros e dividendos de empresas, mas com exceções: venda de imóveis (exceto na Bolsa), rendimentos da poupança, indenizações e aposentadorias isentas por doença grave não entram na base de cálculo.
Tributação sobre dividendos e investimentos
Lucros e dividendos acima de R$ 50 mil por mês passarão a ser tributados em 10%, inclusive quando enviados para fora do país, uma mudança importante, já que hoje esses rendimentos são isentos.
Heranças, doações, rendimentos de LCI, LCA e títulos de infraestrutura continuarão livres de tributação.
Estados e municípios serão compensados
Para evitar perdas no repasse de recursos, o projeto obriga a União a compensar automaticamente eventuais quedas nos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM).
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