VEJA
Eleições: Bahia apresenta redução de 17,9% de candidaturas indígenas
Conheça os postulantes que vão disputar pleito na corrida eleitoral deste ano
Por Gabriela Araújo e Fernando Valverde
Diferente das últimas eleições municipais, a Bahia apresentou uma redução de 17,9% das candidaturas indígenas que pleiteiam uma cadeira no Executivo ou Legislativo. Neste ano, também houve uma diminuição no número de postulantes em relação a 2020.
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Neste ano, apenas 110 indígenas registraram candidaturas a um cargo eletivo, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ante 134 postos em 2020, que colocou a Bahia na posição de quarto estado com maior número de postulantes, segundo o levantamento da Associação Nacional de Ação Indigenista (Anai).
Entre as etnias que mais possuem candidatos estão Pataxós, com 41 nomes; Pataxós Hã Hã Hãe, com 12; Tupinambá, 19; e Kiriri, com 6. Juntas, elas somam 64 candidaturas, sendo que a maior parte disputa um assento na Câmara Municipal.
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Há ainda dois nomes que disputam a cadeira do Executivo, no cargo de vice-prefeito, são esses: Luciano Kiriri (PP), que concorre à cadeira em Banzaê, localizado no nordeste baiano; Ninice (União Brasil), em Abaré, no norte. O quantitativo de vices é o mesmo que o das últimas eleições.
Além dessas citadas outras 12 etnias também registraram, ao menos, um candidato à vereança: Atikum (3); Fulni-ô (1); Kaimbé (3); Kaixana (1); Kamakã (1); Kamayurá (1); Kantaruré (2); Kariri (2); Kariri-Xocó (1); Kayapó (1); Potiguara (1); Tumbalalá (5); Tapuia (2); Tuxá (3) e Xucuru - Kariri (3).
A região que mais possui candidaturas indígenas são o extremo-sul e sul, sendo Porto Seguro e Pau Brasil, as cidades que mais possuem postulantes.
Em Salvador, maior cidade da Bahia, existe apenas uma candidatura a vereador, de Marcelo Carvalho (Podemos).
Entenda redução de cadeiras
O enxugamento das candidaturas indígenas leva em conta o novo limite de pretendentes por partidos políticos definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com o regramento, as siglas podem submeter apenas 44 nomes para disputar o pleito nas Câmaras Municipais.
Histórico
Em 2022, a Bahia elegeu, pela primeira vez, um governador indígena com 52,53% dos votos nas urnas contra 47,47% contra o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil). O petista, inclusive, foi considerado o candidato indígena mais votado, com aval de 3,7 milhões de baianos.
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