TRETA
Filha do piloto do avião de Marília Mendonça expõe Dona Ruth
A jovem afirmou que não concordou com a atitude da mãe de Marília
Por Franciely Gomes

Dona Ruth continua sendo exposta pelos familiares das vítimas do acidente aéreo que matou sua filha, a cantora Marília Mendonça, em 2021. Filha do piloto da aeronave, Vitória Drumond Medeiros publicou um vídeo em seu perfil do Instagram, nesta quarta-feira, 9, e contou que não concordou com o pedido da empresária para receber 50% do seguro de vida do pai dela.
“Vamos conversar uma coisa aqui rapidinho. Nem como veio à tona, mas agora estou vendo em todos os canais midiáticos. Esse negócio do seguro do avião. O seguro tinha US$ 1 milhão a ser repartido, eram cinco vítimas do acidente, e era um acidente por morte”, disse ela.
“Ou seja: divide entre as cinco vítimas e os respectivos que tenham que receber. Por exemplo, no caso do meu pai: eu, a minha madrasta e os meus dois irmãos. E assim cada família tinha seus dependentes ali”, explicou.
A jovem ainda reforçou que não achou justa a atitude de dona Ruth, pois não havia só Marília no avião. “Bom, a parte da Marília Mendonça pediu 50% disso. E, para mim, não foi justo. A gente tinha que fazer um acordo, senão ia para a Justiça. Fui contrária a essa decisão até o momento que pude. Eu falei: 'isso não é justo”, disparou.
“Porque é um seguro por morte, então tem que dividir. Não é de acordo com outros fatores'. É de acordo com a morte, foram cinco vítimas, e todas as vidas valem igual, independentemente de quem foi na Terra. Por exemplo, na minha casa, o provedor foi embora, que era meu pai. Graças a Deus, hoje tenho a minha avó que me ajuda, mas são os provedores das nossas casas, né? Tinha só a Marília de mulher, os outros eram todos homens”, completou.
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Outros detalhes
Vitória também contou outros detalhes do caso e afirmou que seu pai, Geraldo Medeiros Júnior, era o provedor da casa. Ela ainda reiterou que as outras famílias precisavam mais do dinheiro do que a da cantora, pois eram menos favorecidas economicamente.
“Fui contrária a essa decisão até o momento que pude, sabe? Isso se postergou, esse processo durou uns três, quatro meses, não sei, um ano. E eu fui contrária a essa decisão porque, para mim, não era justo. Até porque, acho que a parte da Marília era a que mais tinha dinheiro ali, sabe? As outras famílias tinham menos, precisavam mais. O meu provedor foi embora. Esse dinheiro ia ajudar muito cada uma das famílias. Eu, por exemplo, deixei de fazer medicina na Argentina, porque estava ficando insustentável”, relembrou.
Ela confessou que precisou largar a faculdade de medicina pela falta de dinheiro. “Estava muito caro lá por causa do câmbio, então voltei para o Brasil para tentar fazer a Federal, que é gratuita. Então, é isso. Mas essa decisão estava se postergando, senão iria para a Justiça e aí já estava até dando conflito familiar, sabe? E, então, uma hora cedi também, porque fui contrária bastante tempo, mas uma hora cedi também. Eu falei: 'Não, beleza, vou me repartir assim, se é assim, ok'”, afirmou.
“E repartimos mais ou menos dessa forma e foi isso. Acho essa decisão injusta, sabe? Acho que poderia ter sido dividido esse valor entre as cinco famílias, suas respectivas porcentagens, mas não foi feito assim. E é isso, só queria esclarecer isso, porque parece que está como boato, né? Mas isso foi verídico, isso eu passei, foi um processo. E é”, destacou.
Entenda o caso
O caso veio à tona publicamente nesta semana, após o jornalista Ricardo Feltrin compartilhar um vídeo em seu canal do Youtube detalhando o ocorrido. Na gravação, ele contou que Ruth entrou em contato com a equipe do seguro de vida um dia depois do falecimento de Marília Mendonça.
“A Marília nem tinha sido enterrada e Dona Ruth já estava ligando para saber do seguro. O seguro não era dela, não era da Marília, eu estou com a documentação, o seguro era da empresa que alugava o avião”, disse ele.
O valor do seguro era de um milhão de dólares, que convertido para o real totaliza R$ 5,4 milhões. Além de uma apólice que determinava o montante de 200 mil dólares para cada passageiro, cerca de R$ 1 milhão.
“Quando Dona Ruth descobriu que era um milhão de dólares, ela achou que era tudo dela. Chamou todo mundo e falou: ‘É o seguinte, eu fico com 50% desse valor, porque a Marília era a mais importante de todos’”, explicou o comunicador.
Feltrin também revelou que Ruth alegou que todos estavam no avião por causa de Marília e ela entraria numa batalha judicial para conseguir parte do valor, caso eles não dessem por livre e espontânea vontade. Ao final, ela recebeu cerca de 500 mil dólares.
“Nenhuma vida é mais importante que outra [...] ela desvalorizou a vida das outras pessoas”, completou ele, reforçando que apurou a história durante 4 dias em contato com familiares das vítimas do acidente.
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