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VÍDEOS

MC Poze: agressões e spray de pimenta marcam saída do cantor da prisão

Poze foi solto após decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

Por Edvaldo Sales

04/06/2025 - 8:37 h
Saída de MC Poze do Rodo da prisão
Saída de MC Poze do Rodo da prisão -

A saída do cantor Marlon Brendon Coelho Couto Silva, conhecido como MC Poze do Rodo, da prisão, na última terça-feira, 3, foi marcada por aglomerações e confusões. Uma multidão, incluindo mulheres e crianças de colo, se juntaram na tarde de ontem em frente ao portal do Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

Na ocasião, algumas pessoas usavam camisas ou seguravam cartazes com a frase “MC não é bandido”. Segundo o Extra, outras cantarolavam funks que saíam de uma caixa de som, instalada em frente a um restaurante.

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Todos esperavam a saída de Poze, preso no último dia 29 pela Polícia Civil (PC). O artista conseguiu um habeas corpus na noite de segunda-feira, 1º, e deixou ontem o presídio. Ele foi recebido pela esposa, a influenciadora Viviane Noronha, que, horas antes, foi um dos alvos de uma operação da PC contra o núcleo financeiro do Comando Vermelho (CV).

Início da confusão

A confusão teve início quando Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o cantor Oruam, que é filho do traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, subiu com mais dois homens no teto de dois ônibus que passavam pela Estrada Guandu do Sena, que corta a entrada do Complexo penitenciário.

Diante da situação, a Polícia Militar (PM), que havia reforçado o patrulhamento na porta da unidade penal com mais de 50 homens, interferiu disparando tiros de balas de borracha, detonando bombas de gás lacrimogêneo e borrifando spray de pimenta para dispersar a multidão.

Uma intensa correria teve início logo em seguida, mas ninguém ficou ferido gravemente. A PM afirmou ter agido após o início de atos de vandalismo e alegou ter agido com os meios necessários para dispersar os manifestantes.

Alguns vídeos que circulam nas redes sociais mostram momentos da confusão.

Veja alguns:

Poze solto

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) concedeu, na segunda-feira, 2, habeas corpus para Poze do Rodo. O artista havia sido preso na última quinta-feira, 29, durante uma operação policial em sua residência, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio.

A decisão foi assinada pelo desembargador Peterson Barroso, da Primeira Vara Criminal de Jacarepaguá, que determinou a soltura imediata do funkeiro. No entanto, MC Poze deverá cumprir medidas cautelares, ainda não detalhadas pela Justiça, enquanto responde ao processo em liberdade.

Acusação contra a polícia

Poze do Rodo recorreu ao TJRJ com um pedido de habeas corpus. Ele é acusado de apologia ao crime e associação a organização criminosa.

Segundo o portal LeoDias, a defesa sustenta que a prisão é ilegal e motivada por perseguição à sua atuação artística. A petição aponta que o cantor foi detido com base em vídeos de shows e letras de músicas que mencionariam líderes do tráfico e exibiriam imagens de indivíduos armados.

Para a defesa de Poze, as provas são frágeis e baseadas em interpretações subjetivas. De acordo com o advogado Alexandre Manoel Augusto Dias Júnior, autor do pedido, não há qualquer elemento concreto que comprove o envolvimento de Poze com o crime organizado.

Além disso, a defesa pontua que a prisão de MC Poze representa uma violação à liberdade de expressão e ao exercício da arte, especialmente quando se trata de manifestações oriundas de comunidades periféricas.

“Imputar ao artista a responsabilidade pelo tráfico de drogas nas regiões onde se apresenta abre um precedente perigoso”, diz o documento. Alega também que a ação da Polícia Civil tem caráter seletivo.

Espetacularização da prisão

O habeas corpus também aborda a espetacularização da prisão. A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou nas redes sociais oficiais imagens da captura do cantor com a legenda “RODOU”, o que, segundo a defesa, teve o objetivo de humilhar publicamente MC Poze. A petição argumenta que esse tipo de exposição viola princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana e a presunção de inocência.

Também consta no documento uma denúncia contra o uso indevido de algemas durante a prisão, feita de forma pacífica e sem resistência. A defesa sustenta que a medida contrariou a Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal Federal, que limita o uso de algemas a situações de resistência ou risco à segurança da equipe policial. A condução foi midiática e desrespeitosa, com o objetivo de gerar repercussão nas redes sociais, conforme o advogado.

Revogação imediata da prisão

A defesa conclui pedindo a revogação imediata da prisão temporária e a expedição de alvará de soltura, alegando que o artista possui endereço fixo, profissão definida e não representa risco à ordem pública.

A petição reforça que MC Poze deve responder às investigações em liberdade, com eventual aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, previstas no Código de Processo Penal.

O pedido foi protocolado em caráter urgente no dia 30 de maio de 2025 e aguarda decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Prisão de Poze

MC Poze do Rodo sendo preso no Rio de Janeiro
MC Poze do Rodo sendo preso no Rio de Janeiro | Foto: Reprodução | Redes Sociais

Na manhã da última quinta-feira, 29, policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) prenderam o cantor de funk MC Poze do Rodo. O artista foi preso em casa, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Segundo a polícia, Poze é investigado por apologia ao crime e por envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho (CV).

A investigação aponta que o cantor realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pelo CV, com a presença ostensiva de traficantes armados com armas de grosso calibre, como fuzis, garantindo a “segurança” do artista e do evento.

Além disso, a investigação afirma que o repertório das músicas entoadas por ele faz clara apologia ao tráfico de drogas, ao uso ilegal de armas de fogo e incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes.

A Polícia Civil disse que “esses eventos são estrategicamente utilizados pela facção para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas de fogo e outros equipamentos necessários à prática de crimes”.

Um mandado de prisão temporária foi expedido pela Justiça, após a polícia apontar que os shows são financiados pelo Comando Vermelho, contribuindo para o fortalecimento financeiro da facção por meio do aumento do consumo de drogas nas comunidades onde os eventos são realizados.

Um desses eventos foi realizado no dia 19 de maio deste ano, na comunidade da Cidade de Deus, com a presença de diversos traficantes armados. O show, onde o cantor teria cantado músicas enaltecendo a facção criminosa, ocorreu poucas horas antes da morte do policial civil José Antônio Lourenço, integrante da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), em uma operação policial na comunidade.

Ainda conforme a Polícia Civil, as letras de Poze extrapolam os limites constitucionais da liberdade de expressão e artística, configurando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas”.

Vínculo com o Comando Vermelho

MC Poze do Rodo confessou que tem vínculo com o Comando Vermelho. Segundo a coluna Mirelle Pinheiro, do Metrópoles, a informação foi prestada pelo próprio funkeiro a agentes penitenciários durante o procedimento de triagem, logo após a prisão.

Um prontuário de ingresso no sistema prisional do Rio de Janeiro confirma a declaração do artista. O documento oficial, preenchido no momento da entrada do artista na Penitenciária Dr. Serrano Neves (Bangu 3A), traz o campo “ideologia declarada” marcado com um “X” na opção “CV”, sigla do grupo criminoso que domina a maior parte das favelas do Rio.

Além disso, a ficha de custódia também registra que o motivo da prisão foi temporária, com prazo inicial de 90 dias, e aponta que Poze possui ensino médio incompleto.

Vale lembrar que a Bangu 3A é reconhecida nos bastidores do sistema como uma unidade de controle do Comando Vermelho, fato que confirma a adequação da alocação ao protocolo estabelecido pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a qual disse que a prática de questionar presos recém-detidos sobre eventuais vínculos com facções é comum e visa evitar confrontos entre grupos rivais no interior das unidades.

Funkeiro é investigado por tortura e cárcere privado

Novos desdobramentos da prisão de MC Poze do Rodo estão vindo à tona. A nova informação que foi revelada dá conta que o funkeiro é investigado por tortura e cárcere privado.

O caso é conduzido pela 42ª Delegacia de Polícia (Recreio dos Bandeirantes), no Rio de Janeiro, onde tramita um inquérito em sigilo. Segundo a coluna a Mirelle Pinheiro, do Metrópoles, a apuração teve início após um homem alegar ter sido espancado por Poze e um grupo de amigos dentro da residência do artista, em um condomínio da Zona Oeste da cidade.

O registro de ocorrência aponta que o episódio teria ocorrido após o cantor acusar o homem de furtar um bracelete de sua casa. O denunciante afirmou ter sido mantido no local contra a própria vontade e submetido a agressões físicas.

A Polícia Civil chegou a pedir a prisão de MC Poze, mas o pedido foi negado pela Justiça. Durante o interrogatório, o artista optou por permanecer em silêncio.

Quem é MC Poze do Rodo?

MC Poze do Rodo
MC Poze do Rodo | Foto: Reprodução | Redes Sociais

Dono de hits como ‘Essência de Cria’, ‘Vida Louca’ e ‘A Cara do Crime’, o MC Poze do Rodo ficou bastante famoso no cenário do funk carioca nos últimos anos. O artista é conhecido por ostentar um estilo de vida exuberante.

Poze nasceu no Rio do Janeiro e chegou a se envolver com o tráfico na favela do Rodo, quando ainda era adolescente. Ele costuma afirmar que o nascimento de uma das filhas foi uma das motivações para “deixar o crime”.

Em entrevista ao Profissão Repórter, ele chegou a falar sobre o passado no crime. "Já troquei tiro, fui baleado e preso também. E eu pensei: vou querer ficar nessa vida aqui ou viver uma vida tranquila? Então, eu foquei em viver uma vida tranquila, batalhei e hoje em dia eu passo isso para a molecada: o crime não leva a lugar nenhum", disse.

O artista começou cantando funk e depois passou a misturar o estilo carioca com o trap, subgênero do rap. Essa mistura, o chamado "trap de cria", com batidas graves e linguagem dos jovens cariocas, é muito popular hoje no Brasil, especialmente no Rio, como provam os shows lotados que ele e outros artistas do estilo fizeram no Rock in Rio 2022 e 2024.

Conhecido por ostentar um estilo de vida exuberante, o artista e empresário de 26 anos tem ao menos 15 milhões de seguidores nas redes sociais.

Nas músicas dele, MC Poze costuma questionar a violência sofrida por jovens de favelas do Rio de Janeiro.

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Comando Vermelho MC Poze do Rodo Poze do Rodo

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