CLÁSSICO
Ba-Vi da Fonte Nova tem resultado diferente, mas reforça padrões
Treinadores das duas equipes comentaram o roteiro parecido
Por Lincoln Oriaj
O segundo Ba-Vi do ano, realizado na última quarta-feira, 20, pela 6ª rodada da Copa do Nordeste, seguiu um roteiro parecido com o do primeiro clássico, pelo Campeonato Baiano. Diante desse cenário, o Portal A TARDE pontuou as semelhanças e diferenças de uma partida para a outra.
Semelhanças
Nos dois clássicos, o Vitória saiu na frente com menos de dez minutos de jogo. No primeiro, Osvaldo abriu o placar para o Rubro-Negro, no mais recente, Alerrandro deixou o Leão em vantagem. O Bahia, por sua vez, conseguiu virar o placar antes do intervalo em ambos os confrontos com Thaciano e Everton Ribeiro, e Jean Lucas e Kanu, respectivamente.
Outras cenas que foram repetidas nos dois Ba-Vis foram as provocações. Dentro de campo, Osvaldo e Zé Hugo foram os principais personagens do Vitória no primeiro clássico, fazendo a comemoração da “pescaria” no Barradão. Já Caio Alexandre e Jean Lucas responderam imitando galinhas, na Arena Fonte Nova.
As torcidas também entraram na onda e prepararam caixões de papelão para provocar o rival nas arquibancadas. Os rubro-negros usaram o termo “City da Shopee”, provocando o Grupo City, que adquiriu 90% da SAF do Bahia, enquanto os tricolores utilizaram o “Fatal Model”, como meio de provocar um dos principais patrocinadores do Vitória.
Por fim, as expulsões também fizeram parte do roteiro de ambos os clássicos. No primeiro Ba-Vi, Rezende entrou em campo no início do segundo tempo e foi expulso 20 minutos depois, após receber o segundo cartão amarelo. No duelo da última quarta, Mateus Gonçalves entrou aos 19 da etapa final e recebeu o vermelho direto dois minutos depois, após agressão.
Diferenças
Além de serem realizados por competições diferentes, o resultado foi outro e o estádio também. No primeiro Ba-Vi, no Barradão, o Vitória venceu por 3 a 2 e conseguiu se recuperar no Campeonato Baiano. Já na Arena Fonte Nova, pela Copa do Nordeste, o Bahia levou a melhor, se classificou para as quartas de final com antecedência e deixou o rival em situação complicada na tabela.
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Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico Rogério Ceni pontuou que os jogos foram parecidos, mas que o resultado diferente teve influência da torcida, que dessa vez estava do lado tricolor.
“Tivemos mais controle até pelo peso do torcedor, 48 mil pessoas aqui empurrando, você tem um controle melhor do jogo. O adversário se postou com três volantes, hoje um pouco mais atrás do que jogou na sua casa, com um meia, dois pontos e um nove. Jogamos o mesmo jogo e o Vitória também, só que lá foi resultado diferente, o Vitória tinha mais energia, talvez até a própria energia do torcedor empurrando seu time. Hoje essa energia estava do nosso lado”, disse o treinador do Bahia.
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Léo Condé também entendeu que ambos os clássicos foram parecidos, com um equilíbrio muito grande e que foram decididos nos detalhes.
“No todo, a gente conseguiu fazer um jogo equilibrado. Não tem quem mereceu mais ou menos, são jogos equilibrados. Talvez o externo poderia imaginar que teria supremacia muito grande do rival sobre o Vitória, mas hoje a gente provou que o último jogo não foi só chuva de verão. O Vitória está forte e o torcedor sabe que vai ter uma equipe consistente”, afirmou o treinador do Leão.
O próximo Ba-Vi da temporada está marcado para o dia 31 de março, no Barradão. Será o primeiro jogo da final do Campeonato Baiano. A partida de volta será realizada no dia 7 de abril, na Arena Fonte Nova.
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