ESPORTES
Carille prega "respeito" após superar crise de 700 minutos no Vitória
Rubro-Negro voltou a marcar após sete jogos consecutivos sem balançar as redes
Por Lucas Vilas Boas

683 minutos. Foi esse o tempo que o Vitória esteve em campo sem conseguir balançar as redes durante os sete últimos jogos até o marco deste domingo, 20, contra o Bragantino. No Barradão, Renato Kayzer abriu o placar para o Leão, recolocou o Rubro-Negro no caminho dos gols e, de quebra, ainda fez a equipe sair da zona de rebaixamento.
Contratado em meio à crise para liderar a virada de chave do time, o técnico Fábio Carille citou o "respeito à camisa" para se livrar o maior jejum de gols do Vitória em 47 anos e prometeu uma evolução técnica e tática da equipe nos próximos jogos.
"A gente tem que respeitar muito essa camisa, a história do Vitória. Muitos jogadores saíram daqui e foram vitoriosos no mundo. Alguns jogos vamos jogar mal, mas a entrega não pode faltar. A gente vai respeitar muito essa camisa. O torcedor pode esperar isso todo jogo. E tecnicamente e taticamente a gente vai melhorar, não tem como ser diferente", disse o comandante.

O Bragantino teve mais de 72% de posse de bola no Barradão, mas não foi eficiente e parou na defesa do Leão, que agora soma dois jogos sem ser vazada. O Rubro-Negro finalizou, por exemplo, menos da metade do que produziu na última derrota do clube em casa — contra o Confiança — e foi feliz ao voltar a balançar as redes.
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"A gente entregou muito a bola para o adversário. Algumas bolas que era para respirar a gente esticou para tentar uma bola longa. Nosso passe foi muito forçado e deixou a bola com o adversário. Quando estivermos com mais confiança para girar um pouco, fazer a bola chegar nos nossos meias, essa porcentagem vai aumentar, vamos finalizar mais e sofrer menos", analisou Carille.
Além do trabalho — principal meio de evolução citado pelo treinador em entrevista coletiva — o Vitória também vai contar com a ajuda dos reforços para aperfeiçoar seu ataque. Romarinho e Renzo López, dois dos seis reforços já anunciados nesta janela de transferências, foram avaliados por Carille, que destacou "paciência" para a evolução se tornar nítida.
"Ainda não sei a forma que vou jogar. Tenho minha preferência que é o 4-2-3-1, mas eu não sou engessado, posso me adaptar. No Santos escapamos do rebaixamento com três zagueiros em 2021. Vamos com calma, tenho mais dois jogos onde não vou conseguir trabalhar muito dentro do campo. Quem está chegando é muito qualificado, as informações são ótimas, o material é ótimo. Agora precisamos de paciência para eles entrarem com paciência e confiança", comentou sobre Romarinho.

O discurso foi um pouco diferente sobre Renzo López e Carille projetou uma escalação diferente para encaixar o uruguaio no time titular. O treinador também pregou a necessidade de tempo para adaptação e disse que o atacante pode jogar ao lado de Renato Kayzer, em uma formação com dois atacantes de área.
"Ele também estava no campeonato saudita, o último jogo foi no começo de maio. Ele precisa de tempo. Acho que podem jogar os dois no jogo, ele e Renato. Hoje fiquei engessado nas trocas porque precisei fazer uma no primeiro tempo. Renzo vai ganhar mais minutos, amanhã temos um jogo-treino que vai melhorar a condição desses jogadores. Na minha cabeça acho que daqui a pouco podemos ter os dois juntos", completou.
Já com três jogos no comando do Vitória, Carille ainda não terá o tempo ideal nesta semana e terá apenas dois dias de preparação para o próximo desafio. A equipe baiana encara o lanterna Sport, na próxima quarta-feira, 23, às 21h30, novamente no Barradão, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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