"UMA GRANDE BLINDAGEM"
Copa do Nordeste cresce com mais clubes na Série B, diz Bellintani
Dirigente explicou como a competição perde valor quando os times disputam a Série A

Por Lucas Vilas Boas

A Copa do Nordeste, ao contrário do que muitos pensam, tende a ser valorizada nos próximos anos, apontou o ex-presidente do Bahia Guilherme Bellintani. O dirigente explicou que a competição deve ganhar prestígio à medida que os clubes participantes disputam a Série B do Campeonato Brasileiro e, ao mesmo tempo, perde valor quando boa parte dos times estão na Série A.
Durante programa do BAR FC no Youtube nesta terça-feira, 9, Bellintani destacou o Nordestão como uma "blindagem" em relação aos "frágeis" estaduais. O dirigente avaliou a possibilidade de haver uma redução de datas na competição regional, que vai ganhar um novo formato a partir da próxima edição.
"É uma grande blindagem à grandeza dos nossos estaduais, que são frágeis. Fora Bahia, Pernambuco e Ceará, um pouco Alagoas, temos a Paraíba que está tentando se organizar mais. Não é culpa das federações necessariamente, mas o ambiente de produção econômica no futebol nordestino é fragilidade. A Copa do Nordeste é uma blindagem para todos os clubes. Eu acho que, invariavelmente, vai ter perda de data, o que pode mudar um pouco a fórmula da competição, mas eu vejo uma tendência até de valorização no futuro", disse Guilherme Bellintani.

"Ainda mais se acontecer um cenário de mais clubes nordestinos na Série B e não na Série A, que ela ganhe importância. Toda vez que os clubes do Nordeste estão na Série A, a Copa do Nordeste, que deveria ganhar relevância, não ganha tanto porque ela acaba ficando em segundo plano para os times. O calendário espreme, acaba jogando com time reserva por ter um jogo difícil no domingo. Tem esse efeito que tende a balançear", completou.
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O novo regulamento do Nordestão será anunciado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) junto com o calendário nacional, previsto para ser publicado até a primeira metade de outubro. A discussão está nas mãos de cinco federações da região, que devem decidir por cortes no número de clubes participantes ou de jogos no torneio.
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