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Lesão no tendão de Aquiles: veja impactos e tempo de recuperação
Zagueiro Kanu sofreu contusão rara no futebol e pode passar por cirurgia
Por Téo Mazzoni

A notícia da lesão do zagueiro Kanu foi um baque para a torcida tricolor. O jogador deixou o campo de maca no último domingo, 13, em partida contra o Mirassol, ainda nos primeiros minutos do jogo, e logo deixou os torcedores angustiados. Dois dias depois, na terça-feira, 15, saiu a confirmação da gravidade: lesão no tendão de aquiles. Além de contusão em três músculos da panturrilha.
Incomum no futebol quando comparada a lesões musculares ou ligamentares, a lesão no tendão de aquiles é uma das mais temidas no cenário do esporte, e pode levar de 6 meses a 1 ano para recuperação total. Devido a magnitude da contusão, e a complexidade do tratamento, o Bahia informou que a escolha pelo procedimento do atleta, seja conservador ou cirúrgico, será divulgada posteriormente.
A fim de entender melhor todas as nuances desta lesão, a reportagem do Portal A TARDE conversou com o ortopedista, Dr. Camilo Tavares. Segundo o especialista em cirurgia do pé e tornozelo, a contusão é grave, especialmente para atletas de alto rendimento, uma vez que trata-se do tendão mais resistente do corpo humano, responsável por transmitir a força dos músculos da panturrilha até o calcâneo (osso que forma o calcanhar), exercendo um papel fundamental na impulsão e na velocidade.

Todavia, ainda que o diagnóstico possa parecer assustador à primeira vista, Camilo destacou que o retorno ao alto nível competitivo é possível, mas exige um processo multidisciplinar de reabilitação, com acompanhamento médico, fisioterapia especializada e readaptação progressiva aos treinos.
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Intervenção cirúrgica
Apesar da indefinição a respeito do processo de tratamento de Kanu, o ortopedista afirmou que, na maioria dos casos, a intervenção há de ser cirúrgica: “Após a cirurgia, inicia-se uma fase longa e cuidadosa de reabilitação, que pode levar de seis meses a um ano. Esse período é necessário para que o tendão cicatrize com força e elasticidade suficientes para suportar os altos níveis de exigência do esporte profissional”.
Ainda segundo Camilo, em muitos casos existe um histórico de lesões acumuladas que podem levar a uma quadro de tendinopatia, desencadeando na degeneração do tendão, o que por fim, pode culminar na ruptura total do tendão.
O atleta geralmente descreve a sensação como se tivesse levado uma pedrada na parte de trás da perna, seguida de dor súbita e dificuldade imediata para caminhar ou apoiar o pé no chão
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