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TUDO EM FAMÍLIA

Com familiares, Ednaldo Rodrigues ainda controla bastidores da FBF

Dirigente baiano mantém influência na Federação Bahiana por meio de laços familiares e aliados estratégicos

Por Redação

20/05/2025 - 15:05 h | Atualizada em 20/05/2025 - 19:29
Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da CBF
Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da CBF -

Mesmo após ter sido destituído da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em meio a uma série de escândalos e disputas jurídicas, o dirigente baiano Ednaldo Rodrigues segue com forte capacidade de articulação nos bastidores do futebol — especialmente na Federação Bahiana de Futebol (FBF), onde ainda exerce influência direta por meio de aliados e familiares.

Nepotismo na Bahia

Apesar do enfraquecimento na esfera nacional, Ednaldo ainda dita as regras na FBF, onde construiu uma estrutura de poder que resiste mesmo à distância. Durante seu reinado de 18 anos como presidente da federação, ele nomeou para cargos-chave pessoas de seu círculo familiar. Sua cunhada, Taíse Galvão — irmã de sua esposa, Rita —, permanece como diretora técnica da entidade, responsável por organizar o Campeonato Baiano e o Intermunicipal.

A própria Taíse é também casada com Ricardo Lima, o atual presidente da FBF que sucedeu Ednaldo no cargo em 2018 e segue alinhado aos interesses do ex-mandatário, mesmo após um breve desentendimento familiar.

Vale lembrar que Ricardo Lima iria se tornar vice-presidente da CBF em março de 2026, quando começaria um novo mandato de Ednaldo Rodrigues na entidade após ele ser eleito por aclamação em março deste ano.

Além disso, após sua eleição por aclamação, Ednaldo Rodrigues aumentou o salário de Ricardo Lima e dos demais presidentes de federações estaduais de R$ 50 mil para R$ 215 mil mensais. A revelação foi feita em reportagem da Revista Piauí.

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A estrutura familiar não para por aí. Outra cunhada, Patrícia Galvão, ocupa o posto de secretária executiva da presidência, reforçando o controle da família na gestão da federação, que é a segunda mais antiga do país. Para muitos, a FBF funciona hoje como uma espécie de extensão do patrimônio político e pessoal de Ednaldo, que a utiliza como base de sustentação mesmo fora do cargo mais alto do futebol brasileiro.

Na CBF, embora tenha enfrentado maior resistência para emplacar parentes em cargos formais, Ednaldo também foi alvo de denúncias sobre o uso indevido de recursos da entidade. Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a CBF bancou passagens e hospedagens de luxo para membros de sua família. Entre os exemplos, estão diárias pagas no Grand Hyatt, no Rio e em São Paulo, para sua filha Rafaela Brandt e sua cunhada Taíse Galvão, além de viagens durante o período de Carnaval.

Queda na CBF

A queda de Ednaldo da Confederação Brasileira de Futebol, sacramentada com a nomeação de Fernando Sarney como interventor foi precedida por uma onda de desgaste interno. O clima na sede da CBF já era de insatisfação desde antes da sua reeleição por aclamação em março.

A derrota da Seleção Brasileira para a Argentina no dia seguinte à votação expôs ainda mais as fragilidades do seu comando. Funcionários denunciavam um ambiente de assédio moral e decisões centralizadas, enquanto políticos e ministros de Brasília passaram a se distanciar do dirigente. Até mesmo o ministro Gilmar Mendes, que o havia favorecido anteriormente no STF, recuou no apoio.

O desgaste, no entanto, se tornou irreversível. A saída de advogados de renome que compuseram sua primeira defesa no STF, a articulação liderada por presidentes de federações dissidentes e o crescimento da oposição interna culminaram em sua derrocada. Nem a tentativa de reunir aliados após o anúncio de Carlo Ancelotti para a Seleção conseguiu frear o movimento. A maioria sequer compareceu à reunião convocada por Ednaldo em um último gesto de resistência.

Com a ascensão de Samir Xaud, apoiado por 23 federações e com imagem de renovação, Ednaldo perdeu oficialmente o poder na CBF, ou, pelo menos, é o que se acredita. Visto que a FBF declarou apoio à Xaud para assumir a presidência da Confederação Brasileira de Futebol, o que pode ser um pequeno indicativo de manutenção e manobra de poder de Ednaldo Rodrigues, que mantém um pé fincado no comando do futebol baiano — e, por tabela, mantém uma válvula de influência nacional.

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Tags:

cbf ednaldo rodrigues fbf ricardo lima Samir Xaud

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