POLÊMICA
Mancini questiona punições do Ba-Vi da Paz e cita influência do Bahia
Ex-técnico do Vitória critica decisões do TJD-BA e nega ordem de W.O
Por Redação
![Mancini durante passagem pelo Vitória](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1300000/1200x720/Mancini-questiona-punicoes-do-Ba-Vi-da-Paz-e-cita-0130650700202502081841-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1300000%2FMancini-questiona-punicoes-do-Ba-Vi-da-Paz-e-cita-0130650700202502081841.png%3Fxid%3D6549934%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1739056185&xid=6549934)
O ex-treinador do Vitória, Vagner Mancini, voltou a se posicionar sobre as punições decorrentes do polêmico clássico Ba-Vi de 2018, conhecido como “Ba-Vi da Paz”. Em entrevista ao podcast Futeboteco, na última quarta-feira, 5, ele criticou as decisões do Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia (TJD-BA) e insinuou que o Bahia exerceu influência no resultado dos julgamentos.
A partida, disputada em 18 de fevereiro de 2018, foi interrompida aos 34 minutos do segundo tempo após o Vitória ter cinco jogadores expulsos, resultando em um W.O e vitória tricolor por 3 a 0. Ao todo, nove atletas receberam cartão vermelho: Vinícius, Lucas Fonseca, Edson e Rodrigo Becão, pelo Bahia; Kanu, Denílson, Rhayner, Uillian Correia e Bruno Bispo, pelo Vitória. A expulsão do zagueiro Bruno Bispo foi alvo de polêmica, pois levantou suspeitas de que o rubro-negro teria forçado o encerramento do duelo para evitar uma derrota mais elástica.
Mancini negou qualquer tipo de orientação para que o defensor buscasse o cartão vermelho e questionou a condução do processo disciplinar. Segundo ele, a primeira decisão do TJD-BA absolveu os envolvidos por falta de provas, mas um recurso do Bahia teria modificado o cenário.
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“No primeiro julgamento, todos foram absolvidos porque não havia provas. O Bahia tinha uma força muito grande dentro do tribunal, essa é a verdade. O clube recorreu e, no segundo julgamento, escolheram uma turma específica de juízes. O resultado? Nove jogos de suspensão para todo mundo, além de uma multa. Coincidentemente, esse era o tempo exato até os dois jogos da final. Bem curiosa essa pena”, declarou o treinador.
No segundo julgamento, quatro jogadores do Vitória foram punidos: Denílson, Yago e Rhayner receberam suspensão de oito jogos, enquanto Kanu pegou 10 partidas. Pelo lado do Bahia, Edson e Rodrigo Becão também foram suspensos por oito jogos, enquanto Vinícius, que comemorou um gol provocando a torcida adversária, ficou fora por duas partidas. Mancini, além de Ramon, Bruno Bispo, André Lima e Mário Silva, foram absolvidos.
Outro ponto criticado pelo ex-comandante rubro-negro foi o uso de novas provas no julgamento, que, segundo ele, não deveria ter sido permitido. “O Bahia fez o que pôde para tumultuar. Tentaram usar uma câmera de um analista, e o juiz do segundo julgamento, que não poderia aceitar provas novas, aceitou. Descumpriram o rito ao permitir a leitura labial”, afirmou.
A polêmica do clássico gerou grande repercussão na época, e a torcida do Bahia apelidou o caso de “A Fuga das Galinhas”, em referência ao filme de animação, sugerindo que o Vitória teria causado propositalmente o encerramento da partida.
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