INCOMODADO
"O que era o Bahia no cenário nacional?", critica diretor do Corinthians
Esquadrão de Aço foi criticado pelo caso Kauê Furquim, jogador contratado da base do Timão
Por João Grassi

A contratação de Kauê Furquim, que deixou a base do Corinthians para reforçar o Bahia, causou grande incômodo internamente na cúpula do clube paulista. O Esquadrão de Aço pagou R$ 14 milhões na multa rescisória do atacante de 16 anos.
Em entrevista ao ge.globo, Carlos Roberto Auricchio, diretor da base do Corinthians, criticou a postura do staff do atleta e City Football Group, que controla a SAF do Bahia. O dirigente tratou a investida em Furquim como um ato “oportunista”.
“Ele tinha um dos maiores salários da categoria (Sub-17) e mais dois anos e meio de contrato pela frente. Foram oportunistas! Chamamos para aumentar o salário e eles só nos enrolaram”.
Após assinar o primeiro contrato profissional com o Corinthians, Furquim passou a treinar no time principal e foi relacionado para duas partidas do Timão no Brasileirão. Auricchio afirmou que o “pessoal do Bahia” acompanhou um jogo do atacante um dia antes dos representantes dele pedirem um aumento salarial.
“Há 15 dias teve um jogo na Fazendinha. O Kauê Furquim jogou, e quem estava assistindo ao jogo? O pessoal do Bahia. Eu estava lá em cima [no camarote], nem sabia. O Kauê fez um golaço, sofreu pênalti, foi o grande jogo da carreira dele. No dia seguinte, ligamos para o empresário dele e falamos: ‘queremos dar um aumento para o garoto, dá para vir aqui?’, detalhou.

Auricchio afirmou que o Bahia se aproveitou de um momento em que os representantes de Kauê Furquim negociavam um novo vínculo contratual.
“Dias depois, nos reunimos. Conversamos até na sala do presidente, com a presença do Osmar Stabile. Oferecemos o dobro de salário, e eu falei: ‘nosso teto aqui é esse, mas essa renovação tem que ser feita no profissional’. Eles gostaram do menino e não dá para pagar mais do que isso na base”.
Leia Também:
Auricchio detona o Bahia
O diretor da base do Corinthians ainda detonou o Bahia como instituição. Ele diz que Osmar Stabile, presidente interino do clube, cogita tomar medidas judiciais contra o Bahia e ao Grupo City, incluindo acionar a Fifa.
“Foi oportunismo. Quando o cara quer fazer a coisa errada, ele sabe fazer. Há dois anos o que era Bahia no cenário nacional? Encostaram num grupo igual aquele e acham que são os melhores do Brasil. Isso é oportunismo barato, estão lidando com um clube gigante”, criticou.
O Esquadrão de Aço, por outro lado, não se manifestou sobre o caso.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes