Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > MUNDO
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

POLÊMICA

Brasileira rompe silêncio e expõe detalhes dos abusos de Jeffrey Epstein

Marina Lacerda deu detalhes sobre rede de exploração sexual de menores

Beatriz Santos

Por Beatriz Santos

04/09/2025 - 17:01 h
Marina Lacerda relatou ter sido aliciada aos 14 anos para uma rede comandada por Jeffrey Epstein
Marina Lacerda relatou ter sido aliciada aos 14 anos para uma rede comandada por Jeffrey Epstein -

Marina Lacerda, brasileira de 37 anos, relatou ter sido aliciada aos 14 anos para uma rede de exploração sexual comandada por Jeffrey Epstein, nos Estados Unidos.

Em entrevista à rede ABC News e durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 3, ela deu detalhes sobre os abusos que sofreu e sobre o papel que desempenhou na condenação do bilionário em 2019.

Tudo sobre Mundo em primeira mão!
Entre no canal do WhatsApp.

“Uma amiga minha do bairro me disse que eu poderia ganhar US$ 300 para dar uma massagem em um cara mais velho. Isso passou de um emprego dos sonhos para o pior pesadelo”, contou Marina. Ela explicou que conheceu Epstein em 2002, pouco depois de se mudar para Nova York com a mãe e a irmã, enquanto trabalhava em três empregos para sustentar a família.

Leia Também:

Rede de abuso e experiências traumáticas

Marina detalhou que Epstein abusava de “até dez mulheres por dia” e que a casa dele funcionava como “uma porta giratória de meninas”. “Sempre tinha garotas. Se ele estava em Nova York, passava uma semana inteira com o máximo de garotas possível”, disse.

Segundo Marina, ela foi inicialmente chamada para fazer massagens, mas acabou envolvida na rede de abuso: “Eu não esperava o que aconteceria naquele dia (...), porque com Jeffrey Epstein, tínhamos que fazer sexo, querendo ou não”.

Ela afirmou que os abusos duraram três anos, até os 17 anos, quando Epstein começou a perder interesse por ela. Durante a coletiva, Marina pediu que o Congresso dos EUA aprove um projeto que obrigue a divulgação de todos os documentos da investigação sobre o caso, destacando sua trajetória como imigrante do Brasil.

“Como imigrante do Brasil, eu me sinto fortalecida em saber que a garotinha que lutava para sobreviver aos 14 e 15 anos finalmente tem uma voz”, afirmou.

Papel na condenação de Epstein

Marina Lacerda foi peça-chave no julgamento de Epstein, fornecendo evidências que deram aos promotores do caso “evidências essenciais” para a acusação e posterior condenação do empresário.

Ela relatou que acreditava que participar da rede poderia trazer oportunidades para sua família: “Eu pensava que, se eu apenas jogasse o jogo, não seria mais só essa imigrante do Brasil, e teria algo a esperar do futuro”.

A coletiva de imprensa foi organizada pelos deputados Thomas Massie, republicano, e Ro Khanna, democrata, com o objetivo de pressionar o Congresso a aprovar a divulgação completa dos documentos sigilosos da investigação, incluindo arquivos sob posse do FBI e dos escritórios de procuradores.

Crise e polêmica envolvendo o governo Trump

Jeffrey Epstein mantinha relações com milionários, artistas e políticos influentes. Entre 2002 e 2005, ele foi acusado de aliciar dezenas de menores para encontros sexuais em suas mansões.

Em 2008, firmou um acordo judicial se declarando culpado, mas o caso voltou a ganhar destaque em 2019, quando autoridades federais consideraram o acordo inválido e ordenaram sua prisão por tráfico sexual. Poucos dias após ser detido, Epstein morreu na cadeia, em circunstâncias oficialmente registradas como suicídio.

Durante a campanha eleitoral de 2024, o então candidato Donald Trump prometeu divulgar uma lista com supostos envolvidos na rede de exploração sexual comandada pelo bilionário.

Em fevereiro deste ano, alguns documentos foram divulgados pelo governo, incluindo registros de voos em que o nome de Trump aparece junto a outras pessoas. Apesar da proximidade entre os dois nos anos 1990, Trump não é alvo de investigação.

Ainda em fevereiro, a procuradora-geral Pam Bondi sugeriu que existia uma lista de clientes de Epstein sob sua revisão, mas o documento nunca foi tornado público. Mais recentemente, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos afirmou que não há nenhuma lista de clientes nos arquivos da investigação.

Trump chegou a classificar o documento como uma farsa, posição que provocou reação da base de apoiadores republicanos, muitos dos quais compartilham teorias da conspiração e pedem a divulgação completa das informações sobre a rede de exploração sexual.

Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.

Participe também do nosso canal no WhatsApp.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

Jeffrey Epstein

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Marina Lacerda relatou ter sido aliciada aos 14 anos para uma rede comandada por Jeffrey Epstein
Play

Trump diz que ataque a barco da Venezuela deixou 11 traficantes mortos

Marina Lacerda relatou ter sido aliciada aos 14 anos para uma rede comandada por Jeffrey Epstein
Play

Turista tenta tirar selfie com elefante é pisoteado pelo animal

Marina Lacerda relatou ter sido aliciada aos 14 anos para uma rede comandada por Jeffrey Epstein
Play

Moradora de área nobre precisa sair de sua casa após invasão de barata

Marina Lacerda relatou ter sido aliciada aos 14 anos para uma rede comandada por Jeffrey Epstein
Play

VÍDEO: homem ateia fogo em vagão de metrô lotado após divórcio

x