MUNDO
Companhias mudam regras e proíbem power banks a bordo
Nova onda de restrições pega viajantes de surpresa e muda regras de embarque no mundo inteiro

Por Iarla Queiroz

A movimentação que promete mexer com a rotina de quem vive com um carregador portátil na bolsa já tem data marcada. As principais companhias aéreas da Austrália — Qantas, Virgin Australia, Jetstar e QantasLink — anunciaram uma mudança rigorosa: a partir de dezembro, power banks até podem embarcar, mas usar durante o voo está oficialmente fora de questão.
Celular, tablet, fone ou até o próprio carregador portátil: nada poderá ser recarregado dentro da cabine.
Na prática, o passageiro continua autorizado a levar o acessório, mas ele terá que permanecer desligado e guardado durante todo o trajeto. A Virgin Australia será a primeira a implementar as novas regras no dia 1º de dezembro. Pouco depois, o grupo Qantas passa a seguir a mesma linha.
O que realmente muda: limites, liberações e novas barreiras
Com o ajuste nas normas, a Virgin Australia só vai autorizar o embarque de baterias portáteis entre 100 Wh e 160 Wh mediante aprovação prévia. Qualquer item acima desse limite está proibido. O movimento acompanha a postura de empresas como a Emirates, que vêm reforçando protocolos de segurança após uma série de episódios envolvendo superaquecimento — e até incêndios — desses dispositivos.
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Só nos Estados Unidos, cerca de 50 casos recentes de incêndio em power banks foram registrados, muitos deles dentro dos compartimentos superiores das aeronaves.
Power banks no avião: o que passa e o que não passa
Permitido
- Levar apenas na bagagem de mão
- Até 100 Wh liberados sem exigências
- Entre 100 Wh e 160 Wh, só com autorização da companhia
- Máximo de 20 baterias extras, todas embaladas separadamente
Proibido
- Colocar power banks na mala despachada
- Usar o carregador para alimentar qualquer aparelho durante o voo
- Transportar modelos acima de 160 Wh em voos comerciais
Como evitar transtornos: cuidados antes e durante o voo
As orientações seguem a mesma lógica usada em diversos países:
- mantenha o carregador portátil desligado e guardado;
- evite cabos soltos ou contatos expostos;
- prefira as entradas USB ou tomadas instaladas na aeronave, quando houver;
- confira sempre as regras específicas da companhia antes de embarcar.
Quem já restringe ou proibiu completamente o uso de power banks
Diversas empresas ao redor do mundo já adotaram ou anunciaram novas regras — algumas, inclusive, ainda mais duras:
Emirates Airlines
- Banimento total do uso a partir de outubro de 2025
- Permite apenas na bagagem de mão
- Recomenda manter o dispositivo no bolso ou sob o assento
Singapore Airlines
- Uso proibido desde março de 2025
- Transporte só dentro da cabine
Thai Airways
- Veto ao uso e ao carregamento desde 15 de março de 2025
Air Busan
- Primeira da Coreia do Sul a impor restrições após um incidente grave
- Outras companhias coreanas seguiram a mesma linha
EVA Air e China Airlines
- Uso proibido a partir de março de 2025
Delta, JetBlue, Hawaiian Airlines, Virgin Australia
- Relataram ocorrências com baterias, mas ainda sem proibição total
- Reforçaram recomendações de segurança
United Airlines
- Bloqueio de power banks em “smart bags”
- Baterias soltas proibidas em malas despachadas
O que dizem os órgãos de segurança aérea
Na Europa, a EASA determina que todos os itens com baterias de lítio devem viajar exclusivamente na bagagem de mão, sempre bem acondicionados e sem recarga durante o voo. Passageiros podem levar até duas baterias sobressalentes.
Nos Estados Unidos, a TSA segue regra semelhante: nada de power banks na bagagem despachada — só na cabine.
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