MUNDO
Entenda como a CIA pode estar por trás de ações dos EUA contra o Brasil
Agentes da Abin suspeitam das ações recentes dos Estados Unidos
Por Daniel Genonadio

Agentes da Agência Brasileira de Investigação (Abin) alimentam fortes suspeitas de que as ações recentes dos Estados Unidos contra o Brasil não é somente resultado de pressão orgânica de movimentos bolsonaristas e sim de uma ação meticulosamente articulada pela Casa Branca junto com a CIA.
Nas últimas semanas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta aberta ao presidente Lula informando a taxação de 50% das exportações brasileiros e criticando o que chama de 'abuso judicial' contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de inquérito por tentativa de Golpe de Estado.
Além da taxação de 50%, os Estados Unidos também fizeram ataques a setores da economia brasileira, em especial ao Pix. Além disso, revogou os vistos de 8 dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
As suspeitas da Abin acontecem em meio a postura dura de Donald Trump em relação a política interna do Brasil e a falta de medo do deputado Eduardo Bolsonaro, que está vivendo nos EUA e realizando ataques constantes a membro do judiciário brasileiro. As informações são do colunista Jamil Chade.
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De acordo com um agente da Abin no exterior, esse comportamento é característico de uma estratégia elaborada pela CIA, alimentando atores políticos no Brasil para justificar interesses estratégicos dos Estados Unidos.
“Trata-se de um típico roteiro elaborado pela CIA, alimentando atores nacionais para justificar um interesse estratégico estrangeiro”, disse um agente da Abin, no exterior.
A avaliação é de que o cenário lembra o momento de 2022, quando o então chefe da CIA, sob a administração de Joe Biden, enviou um recado claro aos militares brasileiros: qualquer tentativa de golpe contra a democracia brasileira não teria apoio dos EUA.
Comportamento é característico de uma estratégia elaborada pela CIA
As fontes indicam que a retórica do governo Trump, justificando sua ações como uma defesa da “liberdade no Brasil”, gira em torno de um suposto regime autoritário liderado por Lula e Alexandre de Moraes, e um ex-presidente “injustiçado” que ainda conta com o apoio popular — Jair Bolsonaro.
O objetivo seria, através dessa estratégia externa, desestabilizar o governo brasileiro, para em 2026 os Estados Unidos terem um aliado significativo no cenário político global.
A palavra-chave é desestabilização
Alertas sobre o risco de instabilidade política já vinham sendo feitos desde 2024, quando o Itamaraty enviou uma delegação para mapear os influentes no futuro governo Trump e sugerir canais de diálogo para evitar uma crise.
O governo Lula se preocupa que os recentes ataques e medidas adotadas sejam apenas o começo de um período prolongado de instabilidade política. Os principais alertas envolvem a possibilidade de desinformação e a manipulação através das redes sociais.

A preocupação é que um golpe ao governo eleito seja consolidado com apoio externo.
“Falta apenas um Juan Guaidó brasileiro para se consolidar a existência de uma tentativa de golpe”, disse um experiente diplomata, numa referência ao opositor venezuelano.
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